A menor tensão com a política no mercado e o corte do juro básico de 19,75% para 19,5% ao ano, sinalizando o "sucesso" da política monetária na convergência da inflação para a meta, melhoraram a percepção do investidor estrangeiro em relação ao Brasil.
A entrada de recursos no país e perspectivas de novos ingressos com a expectativa da captação do governo federal fizeram o dólar a ficar em baixa hoje. Entretanto, após cair 0,34% e bater nos R$ 2,288, a divisa norte-americana reduziu o ritmo de queda e encerrou a manhã estável, a R$ 2,296.
Mário Battistel, da corretora Novação, avalia que o mercado mantém cautela diante da possibilidade de o Banco Central atuar no câmbio. A última vez que o BC entrou no mercado foi no dia 11 de agosto, quando a moeda norte-americana iniciou o dia abaixo dos R$ 2,30. Naquela data, a autoridade anunciou um leilão para adquirir dólares, mas, segundo o mercado, não conseguiu comprar, já que o valor oferecido pela instituição, de R$ 2,298 para a compra, não agradou quem tinha divisas para vender.
A Bolsa de Valores de São Paulo registrava alta de 1% no início da tarde. O mercado aguarda a conclusão da primeira emissão de títulos do governo em reais. O Tesouro nacional anunciou ontem que concedeu mandato para os bancos JP Morgan e o Goldman Sachs para coordenarem a emissão.
A menor tensão com a política no mercado e o corte do juro básico de 19,75% para 19,5% ao ano, sinalizando o "sucesso" da política monetária na convergência da inflação para a meta, melhoraram a percepção do investidor estrangeiro em relação ao Brasil.