A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios vai investigar os motivos que levaram os fundos de pensão a não recorrer judicialmente contra o suposto superfaturamento na aquisição, pela Brasil Telecom, da Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT).
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios vai investigar os motivos que levaram os fundos de pensão a não recorrer judicialmente contra o suposto superfaturamento na aquisição, pela Brasil Telecom, da Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT).
Segundo o presidente do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, um dos acionistas da Brasil Telecom, os fundos de pensão rejeitaram sua proposta e se recusaram a ir à Justiça. O superfaturamento seria de R$ 250 milhões.
No final do depoimento à Comissão, Dantas afirmou que os fundos de pensão e a Telecom Itália, também acionista da Brasil Telecom, insistiram em pagar o sobrepreço na compra da CRT. "Quando a Brasil Telecom entrou com ação para recuperar suas perdas, os fundos de pensão foram contrários à ação", disse. E acrescentou que a contratação da empresa de investigação Kroll, pela Brasil Telecom, foi feita por suspeitas de que haveria pagamento de propina nesse processo de compra.
O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), um dos integrantes da CPMI, disse que aprofundar essa investigação é fundamental. "O tensionamento sobre os fundos de pensão que acontece neste governo tem sua raiz no governo Fernando Henrique Cardoso. As investigações têm que ser amplas, sem perder o foco da Comissão", afirmou.
Já o relator da CPMI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), lembrou que os fundos de pensão praticamente não tiveram interesse em ser compensados dos prejuízos em conseqüência da compra da CRT pela Brasil Telecom.