Uma operação conjunta das polícias Civil e Militar, sob o comando do delegado Jobson Cabral, conseguiu apreender 11 quilos de maconha, no Conjunto Residencial Jardim Petrópolis II. A droga estava em uma das residências de Haroldo Marinho Lima, 37, considerado pela Polícia Civil como o traficante mais perigoso de Maceió.
Uma operação conjunta das polícias Civil e Militar, sob o comando do delegado Jobson Cabral, conseguiu apreender 11 quilos de maconha, no Conjunto Residencial Jardim Petrópolis II. A droga estava em uma das residências de Haroldo Marinho Lima, 37, considerado pela Polícia Civil como o traficante mais perigoso de Maceió.
De acordo com Jobson Cabral, Haroldo Marinho conseguiu fugir antes que a Polícia Civil invadisse a casa. A operação – segundo o delegado – foi deflagrada há dois meses, quando Cabral assumiu o 4° Distrito Policial. “Além da maconha apreendida, nós conseguimos prender dois soldados do tráfico (Luciano da Silva Tenório e José Cícero de Lima)”, disse.
Na casa de Haroldo Marinho, Jobson Cabral encontrou vários celulares, munições de pistola 380 e dois facões. “Conseguimos apreender também o livro de contabilidade que ele usava para comandar as bocas de fumo e os soldados do tráfico, em Chã da Jaqueira, Alto da Alegria e Bebedouro. De acordo com o livro contábil, o tráfico era organizado e Haroldo recebia em média 21 quilos de maconha por semana, que repassava para as bocas”.
Haroldo Marinho comandava o tráfico – segundo Jobson Cabral – juntamente com a esposa, que também fugiu. A Polícia Civil suspeita que informações sobre a operação para prender o suposto traficante tenham vazado, e por esta razão ele tenha conseguido fugir. “Nós ainda o procuramos nas outras residências dele. Ele também não estava. As casas foram alugadas”, disse Cabral.
“Conseguimos saber da existência de Haroldo Marinho por conta do alto número de homicídios que estava havendo em Chã da Jaqueira. Comecei a colher informação sobre as mortes e todas tinham um elo em comum: as vítimas estavam devendo ao traficante. Soubemos da identidade dele e começamos a operação”, explicou Cabral.
Conforme o delegado, cada vida executada pelo tráfico valia em média 300 gramas de maconha, ou seja, um “soldado do tráfico” executava uma das pessoas que estava devendo a Haroldo Marinho e recebia 300 gramas de maconha para vender em sua boca-de-fumo.
“Desta forma, ele foi ficando temido e respeitado na região e ninguém queria prestar informação sobre ele. O Haroldo conseguiu um patrimônio respeitável no tráfico. São quatro casas, dois veículos de luxo. Nesta residência onde ele morava, tinha até piscina. Coisa que muito cidadão de bem não possui”, destacou o delegado.
Luciano Tenório – preso como soldado do tráfico que agia para Haroldo Marinho – diz que não trabalhava para o suposto traficante e que foi preso por engano. “Quem não deve, não teme. Não sei nada desta história, nem faço idéia de como a polícia chegou em mim”, disse. O outro detido, José Cícero de Lima não quis falar com a imprensa. “Não quero falar, tenho os meus direitos”, limitou-se a declarar.
De acordo com Jobson Cabral, a operação contou com 70 homens. Sendo 15 do 4° Batalhão da Polícia Militar; cinco da Delegacia de Crimes Ambientais, 30 do Batalhão de Operações Especiais e o restante da Polícia Civil.