O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), conversou ontem e hoje com vários partidos e propôs uma aliança em torno de um único nome para disputar a presidência da Câmara. Foram contatados PTB, PL e PP. Essas três siglas, juntas com o PMDB, teriam (teoricamente) 227 votos no primeiro turno da eleição de quarta-feira. São votos suficientes para, no mínimo, ir ao segundo turno.
A fórmula discutida e apresentada por Michel visa a isolar as duas candidaturas mais fortes do “establishment”: o nome da oposição, José Thomaz Nonô (PFL-AL), e o do governo, Aldo Rebelo (PC do B-SP). Os quatro partidos PMDB, PTB, PL e PP entrariam com um nome que representasse mais o centro do espectro político.
O problema enfrentado por Michel Temer é que as três siglas contatadas por ele não acham que seus candidatos devam abrir mão de suas candidaturas. Ciro Nogueira (PP-PI), Luiz Antonio Fleury (PTB-SP) e João Caldas (PL-AL) são candidatos e não querem renunciar a favor do peemedebista.
Do seu lado, Michel Temer mostrou a seus interlocutores que os votos do PMDB dificilmente ficarão concentrados em um candidato de fora da sigla. Em outras palavras, se Temer não entrar na disputa, o voto peemedebista tende a ser pulverizado em vários candidatos.
O martelo será batido só na última hora. A propósito, os prazos são:
1) registro de candidatura – até as 18h de terça-feira (dia 27/9)
2) retirada de candidatura – até as 9h de quarta-feira (dia 28/9).