Num resultado inédito na história recente da República, a disputa pela presidência da Câmara Federal terminou empatada; e mais: dois alagoanos vão para a disputa do desempate no segundo turno – outro fato inédito. O deputado José Thomaz Nonô (PFL), candidato da oposição, e o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), governista, obtiveram cada um 182 votos no eleitorado de 504 parlamentares que compareceram à sessão de hoje à tarde.
Num resultado inédito na história recente da República, a disputa pela presidência da Câmara Federal terminou empatada; e mais: dois alagoanos vão para a disputa do desempate no segundo turno – outro fato inédito. O deputado José Thomaz Nonô (PFL), candidato da oposição, e o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), governista, obtiveram cada um 182 votos no eleitorado de 504 parlamentares que compareceram à sessão de hoje à tarde.
A votação em segundo turno está marcada para 18 horas e a tendência, considerando-se o resultado obtido pelos quatro outros candidatos, é de que o deputado Aldo Rebelo se elege presidente da Câmara com no mínimo 60% dos votos. A vitória de Aldo sobre Nonô é apontada pelos analistas com base na votação obtida pelos deputados Antônio Fleury Filho (PTB-SP) e Ciro Nogueira (PP-PI), ambos aliados do governo, que apostou tudo na candidatura de Aldo Rebelo, inclusive a liberação de dinheiro para as emendas no Orçamento da União.
O resultado da eleição, no primeiro turno, foi o seguinte: Nonô, 182 votos; Aldo Rebelo, 182 votos; Ciro Nogueira, 76 votos; Fleury, 41 votos e Alceu Colares, 18 votos. O deputado Jair Bolsonaro, o sexto candidato, não obteve voto – nem ele votou nele.
O governo já havia acertado com antecedência o apoio de Fleury para o candidato Aldo Rebelo, no segundo turno; e Ciro Nogueira, herdeiro de Severino Cavalcante, é o nome indicado pelo chamado “baixo clero”, cuja tendência é fechar com o governo. Resta ao deputado José Thomaz Nonô o apoio de Alceu Colares, mas o seu número de votos, 18, não cobre os sufrágios obtidos pelos candidatos do PTB e o PP.