O senador voltou a dizer que se não houver quórum novamente, os trabalhos da CPI serão prorrogados para além do dia 15 de dezembro - data prevista para encerramento da comissão.
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), informou nesta sexta-feira (30), em Plenário, que na próxima terça-feira (4) a CPI realizará o que chamou de "reunião administrativa emergencial" para votar requerimentos importantes que não foram analisados por falta de quórum na reunião de quinta-feira (29). O senador voltou a dizer que se não houver quórum novamente, os trabalhos da CPI serão prorrogados para além do dia 15 de dezembro – data prevista para encerramento da comissão.
– Peço empenho para que a CPI não atrase, não procrastine os trabalhos por falta de quórum. Temos um compromisso com Brasil. Se a CPI não andar direito, o desgaste é de todos, de todo o Congresso. Ontem, a CPI não pôde deliberar sobre documentos importantes por questão de quórum. Na terça, examinaremos principalmente a quebra de sigilo de corretoras que operaram com fundos de pensão – disse.
Delcídio também informou que a CPI conta agora com quatro sub-relatorias: a de movimentações financeiras, a de contratos, a de resseguros e a de fundos de pensão. O senador considera fundamental a divisão dos trabalhos em sub-relatorias para, com base nas informações já levantadas, montar um "quadro claro de movimentações que irrigaram o valerioduto". Ele informou ainda que, na próxima semana, a CPI apresentará mais um relatório parcial referente a contratos firmados pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
O presidente da CPI dos Correios lembrou que a finalidade da comissão não é apenas punir irregularidades, mas também apresentar propostas, e disse que essa será uma "excelente oportunidade para aprimorar controles" sobre o Estado. Delcídio afirmou ainda que na próxima semana serão analisadas propostas de empresas de consultoria para auxiliar os trabalhos da comissão.
Como a CPI trata de investigações muito complexas, em vários órgãos do governo e até com ramificações internacionais, Delcídio Amaral enfatizou a necessidade de os relatórios serem elaborados com fundamentos técnicos. Só assim, em sua opinião, será garantida a qualidade na análise dos dados e os trabalhos poderão produzir conclusões.
Em aparte, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) parabenizou Delcídio pela contratação de consultoria externa para auxiliar os trabalhos da CPI e lembrou que essas empresas deverão oferecer laudos técnicos que poderão ser apresentados como provas na Justiça. A senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), por sua vez, destacou que a agilidade das investigações depende de pressão da sociedade sobre a comissão.