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Pesquisa: 76% são contrários à venda de armas

O estudo mostra ainda que, apesar de a maioria apoiar a restrição ao comércio de armas, não considera que esta seja a medida mais importante no combate à criminalidade no País.

Pesquisa do Instituto Ipsos divulgada hoje no jornal "O Estado de S. Paulo" revela que 76% dos entrevistadas pela instituição são contrários à venda dos armamentos no Brasil.

O estudo mostra ainda que, apesar de a maioria apoiar a restrição ao comércio de armas, não considera que esta seja a medida mais importante no combate à criminalidade no País.

Na avaliação dos brasileiros consultados pelo Ipso, não basta proibir as armas no Brasil para controlar homicídios e outros atos criminosos.

A maioria dos entrevistados acredita que seria mais eficiente aumentar o policiamento nas ruas, gerar mais empregos, investir na educação e criar leis mais rígidas, inclusive no que se refere a punições de corruptos.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, responsável pela publicação do levantamento, 21% dos mil brasileiros ouvidos não concordam com a proibição, enquanto 3% não opinaram sobre o assunto ou não souberam responder.

As entrevistas se deram entre os dias 25 e 29 de agosto. A margem de erro é de 3%. Dentre as pessoas que optaram pelo desarmamento, a maioria tem idades entre 16 e 34 anos, colegial completo ou incompleto, pertencem à classe C e provêm das regiões Nordeste e Sul.

Ouvido pelo Estadão, o diretor-geral do Instituto Ipsos, Clifford Alexander Young, afirma que o levantamento reflete que os brasileiros partilham da mesma opinião da maioria dos especialistas no tema: "políticas sociais trazem mais resultados no combate à violência", avalia.

Durante a pesquisa, os brasileiros inquiridos tiverem de escolher três entre 13 opções, em ordem de importância, para responderem à pergunta "qual a melhor solução para resolver o problema da violência?".

Levando-se em conta apenas a primeira opção dos entrevistados, apenas 4% deles escolheram "aprovar a lei do desarmamento para todas as pessoas" como prioridade na política de segurança. "Aumentar o policiamento" foi a alternativa preferida da maioria – 21% das pessoas ouvidas fizeram essa opção.