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Gestora do APL da Mandioca recebe prêmio do Banco Mundial

Com o tema APL Mandioca: uma janela para o desenvolvimento sustentável do Agreste Alagoano, a gestora do Arranjo Produtivo Local da Mandioca, Maria Inês Pacheco, foi contemplada com o prêmio Rede Nós – WBI 2005 (World Bank Institute) conferido pelo Banco Mundial.

Com o tema APL Mandioca: uma janela para o desenvolvimento sustentável do Agreste Alagoano, a gestora do Arranjo Produtivo Local da Mandioca, Maria Inês Pacheco, foi contemplada com o prêmio Rede Nós – WBI 2005 (World Bank Institute) conferido pelo Banco Mundial.

Criado em abril deste ano, o prêmio foi dividido em duas categorias, a primeira na qual Inês foi inscrita, visa identificar, distinguir e disseminar boas práticas e lições relacionadas a experiências de Arranjos Produtivos Locais e a segunda objetiva apontar os impactos das atividades da Rede nós no aprendizado e evolução de instituições e na formação de capital e parcerias para o desenvolvimento.

Em sua dissertação Inês fez um relato sobre o cultivo da mandioca, desde o processo de plantio até os avanços adquiridos com a implantação do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL).

Com o programa desenvolvido pelo Governo de Alagoas, através da Secretaria Executiva de Planejamento e Orçamento, e o Sebrae, os produtores de mandioca do Agreste vêm desenvolvendo seus trabalhos de forma cooperada, o que implica diretamente na oferta e qualidade do produto.

Segundo Maria Inês o processo de produção da farinha, além de exigir o cumprimento de normas técnicas, sanitárias, trabalhistas e ambientais, requer novas tecnologias de processamento. “Atualmente o produtor de mandioca deixou de ser sinônimo de mandioqueiro e passou a ser empresário” ressaltou.

O prêmio irá proporcionar a Inês uma bolsa de estudos na área temática de desenvolvimento local, em um dos países onde o banco atua. O texto será traduzido para o inglês e espanhol e difundido para vários países. “Esse prêmio significa uma grande vitória que eu divido com todos os atores envolvidos no Programa. A partir do PAPL conseguimos fortalecer a rede de cooperação entre produtores e instituições públicas e privadas”, conclui.

APL

Implementado na região do agreste alagoano, o Arranjo Produtivo Local da Mandioca vem conseguindo avanços consideráveis. Segundo Maria Inês, está programada para este mês a inauguração de uma fecularia em Arapiraca para atender aos municípios que integram o território.

Também está confirmada a revitalização de 200 casas de farinha. “Os produtores cadastrados no programa ainda serão beneficiados com cursos de capacitação, aonde eles irão ampliar os conhecimentos sobre atualização técnica da produção de farinha, manejo da cultura e do solo, entre outros aspectos”, afirmou.

Por meio de suas agências em Arapiraca, Palmeira dos Índios e Penedo, o BNB financiou cerca de R$ 2,5 milhões para a cultura da mandioca nos 14 municípios contemplados pelo Programa de Arranjos Produtivos Locais, beneficiando, no período de outubro de 2004 a agosto de 2005, 1.109 pequenos produtores.