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Deputados alagoanos visitam frei em greve de fome

Os deputados estaduais alagoanos devem formar uma comissão para visitar o bispo de Barra (BA), frei Luiz Flávio Cappio, em greve de fome há nove dias, em Cabrobó, interior pernambucano, contra o projeto de transposição do rio São Francisco. A proposta para formar a comissão foi apresentada nesta tarde, durante sessão da Assembléia Legislativa, pelo deputado Francisco Tenório (PMN). O parlamentar leu a íntegra da carta do religioso, encaminhada na semana passada ao presidente Lula pedindo a suspensão da obra. A comissão deve visitar Cappio na próxima quinta-feira.

Os deputados estaduais alagoanos devem formar uma comissão para visitar o bispo de Barra (BA), frei Luiz Flávio Cappio, 59, em greve de fome há nove dias, em Cabrobó, interior pernambucano, contra o projeto de transposição do rio São Francisco. A proposta para formar a comissão foi apresentada nesta tarde, durante sessão da Assembléia Legislativa (ALE), pelo deputado Francisco Tenório (PMN). O parlamentar leu a íntegra da carta do religioso, encaminhada na semana passada ao presidente Lula pedindo a suspensão da obra. De acordo com o deputado, a comissão deve visitar Cappio na próxima quinta-feira.
O parlamentar deve encabeçar a lista de deputados, os quais devem prestar solidariedade ao religioso. Tenório tem ocupado a tribuna da ALE para criticar o projeto do governo federal, de transposição das águas do São Francisco. Para o deputado, nos 504 anos de existência do rio, comemorados hoje, jamais houve uma política de recuperação de matas ciliares, condição necessária para garantir a sobrevivência do rio. “Este ambicioso projeto do governo federal é o princípio de uma morte anunciada”, disse Francisco Tenório, durante pronunciamento.
O bispo, que está em uma capela na zona rural de Cabrobó (600 km de Recife, PE), onde será captada a água do projeto de transposição, registrou em cartório sua intenção de morrer "pela vida do rio". Ele diz que só encerrará o jejum mediante a revogação do projeto pelo presidente.
O religioso defende que o governo priorize a revitalização do rio e invista em pequenos projetos de cisternas, açudes e de aproveitamento da água da chuva e do subsolo, sem interferir no curso natural do Velho Chico.