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III Semana Teológica discutirá 40 anos do Concílio Ecumênico

A Faculdade de Teologia da Arquidiocese de Maceió realiza a III Semana Teológica, entre os dias 17 a 21 próximos, sobre o tema: Missão Incultura e os 40 anos do Concílio Vaticano II.

A Faculdade de Teologia da Arquidiocese de Maceió realiza a III Semana Teológica, entre os dias 17 a 21 próximos, sobre o tema: Missão Incultura e os 40 anos do Concílio Vaticano II.

Os temas serão abordados pelo teólogo doutor padre Paulo Suess e pelo vice-presidente do Conselho Indigenista Missionário/Cimi, Saulo Feitosa. As palestras ocorrerão das 19h às 22h, abertas ao público em geral, especialmente para os integrantes da Igreja.

O tema da semana teológica foi escolhido oportunamente por sua relevância eclesial e pastoral na atualidade. Ao completar 40 anos do Concílio, quase que não se discute e não se comenta o significado deste significativo acontecimento.

Internamente, a Igreja pós-conciliar se renovou, se despojou de tantos apetrechos ufanistas e se colocou a serviço da humanidade, em especial dos mais pobres e marginalizados.

Fruto do espírito que brotou dos documentos conciliares, a América Latina realizou as Conferências de Medellín em 1978, Puebla em 1989 e Santo Domingo, em 1994. Nas primeiras, a Igreja traduziu o compromisso com os irmãos necessitados e, na última, avançou na atitude de respeito ao “outro”, acolhendo suas culturas como forma de vivência e expressão da Boa Nova do Reino de Deus.

No Brasil, nas última quatro décadas emergiu de dentro da diversidade cultural, uma igreja com rosto pluricultural, diversas pastorais e movimentos que movimentam a riqueza e vida eclesial.

Neste contexto, cresceram as CEB’s, a Comissão de Pastoral da Terra e o Cimi, entre outros. Mais do que organismos surgiram novas formas de relações sociais e humanas, mais horizontais, entre os pastores, membros das comunidades, movimentos e com a sociedade em geral.

Estas experiências vão repercutir profundamente no seio da sociedade. A exemplo do que afirmou o Côn. Henrique Soares, em 30 de setembro, quando participou do debate sobre a conjuntura brasileira: “mesmo considerando divergências sobre a Teologia da Libertação, não podemos negar o seu legado social que marcou profundamente a vida da Igreja e da sociedade”. Como também no que se refere à missão. O número 2 do Decreto Ad Gentes afirma, a Igreja é por natureza missionária.

No dia 19, serão apresentada algumas experiências da presença missionária no meio dos pobres, a exemplo dos povos indígenas, camponeses e trabalhares desempregados e sem moradia. Nos dois últimos dias, Saulo Feitosa irá partilhar sua experiência sobre a mística militante missionária.