Professores da rede pública estadual e municipal, educadores da rede privada e ONGs que trabalham com educação infantil de todo o Estado participam do encontro que contribuirá para o fortalecimento das discussões étnico-raciais da educação infantil em sala de aula.
Professores da rede pública estadual e municipal, educadores da rede privada e ONGs que trabalham com educação infantil de todo o Estado participam nesta sexta-feira de um encontro que contribuirá para o fortalecimento das discussões étnico-raciais da educação infantil em sala de aula. Eles participam do I Fórum Alagoano de Educação Infantil na Diversidade – A Educação Infantil como Processo Contínuo de Construção e Inclusão da Diversidade. A abertira do evento está marcada para as 8h30, na Sala dos Conselhos do Palácio Marechal Floriano Peixoto.
O fórum é uma realização da Secretaria Executiva de Educação, por meio da Coordenadoria de Educação e do Núcleo Temático Identidade Negra na Escola, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal). O encontro visa criar espaços e capacitar educadores na construção de uma educação infantil inclusiva, desconstruindo visões preconceituosas e estereotipadas da cultura, história e tradições afro-brasileiras.
O evento faz parte de um plano de ação político-pedagógico que o governo de Alagoas, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade da Presidência da República, vem desenvolvendo no decorrer dos últimos dois anos para intensificar a implementação da Lei Federal nº 10. 639/03, que trata da inclusão do estudo da história da África e dos seus afro-descendentes no currículo escolar.
Durante todo o dia, cerca de 189 educadores irão debater formas de combater os preconceitos no ambiente escolar, inserir políticas de ações afirmativas que combatam a segregação racial e a discriminação em todas as suas formas, em especial a de gênero e de etnia, fincando esses valores na lei 10.639.
Para a coordenação Núcleo Temático Identidade Negra na Escola é preciso trabalhar a discussão da diversidade já na infância. Se a criança não for preparada desde cedo, dificilmente ela vai romper com os preconceitos e tenderá a repetir os padrões de discriminação que aprendeu. "É na educação infantil que começa a quebra do ciclo de exclusão determinado pela etnia e gênero, dentre outras", comenta a coordenadora Arísia Barros.
O credenciamento tem início às 7h. Às 8h30, palestra de abertura com o tema: "A Educação Infantil como Processo Contínuo de Construção e Inclusão da Diversidade e Equidade Social". A palestra será ministrada pela especialista em pedagogia social de São Paulo e coordenadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, Bel Santos.
À tarde, a partir das 14h, dando continuidade às atividades, tem início a mesa-redonda "Quem tem Medo do Saci Pererê? – desconstruindo visões preconceituosas e estereotipadas na educação infantil em etnia e gênero. As debatedoras são Gisely Pereira Botega, psicóloga, especialista em Psicologia Social, mestranda em Educação e colaboradora do Núcleo de Pesquisa Vida e Cuidado e Núcleo de Estudos Negros, e Luciana Rosa Dias, bolsista internacional da Fundação Ford e doutoranda da Faculdade de Educação da USP. Após cada palestra, será aberto um espaço para debates. O encerramento das atividades está previsto para as 18h.