A Polícia Militar encaminhou, hoje à tarde, à Promotoria Coletiva de Defesa do Consumidor um pacote contendo vários frascos de loló, maconha, uma faca e um revólver de brinquedo que estavam em poder de integrantes de torcidas organizadas do CSA e CRB. O material foi jogado nas ruas após o jogo das duas seleções masters, ocorrido no dia 24 de setembro.
“Até que ponto chegou essas ditas torcidas organizadas”, disse o promotor José Artur Melo, ao mostrar à imprensa o material recolhido pela PM, antes de a equipe do MP ouvir o depoimento do presidente em exercício da Federação Alagoana de Futebol (FAF), Raimundo Soares.
Em seu depoimento, Soares disse que a FAF não teve nenhuma participação na organização do jogo festivo, que foi de responsabilidade da TV Gazeta. “A federação cedeu apenas alguns funcionários para ajudar na arrecadação de donativos e as bolas para o jogo”, disse. Afirmou ainda que chegou a ver três ambulâncias de plantão dentro do estádio.
“Como gestor do futebol alagoano também já fui vítima das ações das torcidas organizadas”, afirmou, contando que no ano passado, quando o CSA não conseguiu subir para a primeira divisão, a torcida azulina depredou o prédio da federação. “Por isso, vou acatar qualquer posicionamento do Ministério Público”, disse, considerando que as torcidas organizada praticam atos de vandalismo e terrorismo.