Disfarçado por rejeição ou discriminação, o preconceito racial ainda está “enraizado” na cultura brasileira e tem nas crianças uma forma de se perpetuar. Para alertar professores e educadores do Estado, a Coordenadoria do Núcleo Temático Identidade Negra na Escola organizou o I Fórum Alagoano de Inclusão na Diversidade.
Disfarçado por rejeição ou discriminação, o preconceito racial ainda está “enraizado” na cultura brasileira e tem nas crianças uma forma de se perpetuar. Para alertar professores e educadores do Estado, a Coordenadoria do Núcleo Temático Identidade Negra na Escola organizou o I Fórum Alagoano de Inclusão na Diversidade.
Durante todo o dia, cerca de 150 professores de escolas públicas e particulares de Alagoas participaram de debates e palestras. O assunto principal foi o combate aos preconceitos no ambiente escolar, como inserir políticas de ações afirmativas que impeçam a segregação racial e a discriminação em todas as suas formas, em especial a de gênero e de etnia.
Para a coordenadora do Núcleo Temático, Arísia Barros, a cultura de discriminar o negro é perceptível quando lembramos o estereótipo dos heróis e princesas. “Todos lembram dos mortos da guerra do Vietnã, que foi em outro país, mas é difícil recordarmos dos mortos pelos 350 anos de escravidão no Brasil. Isso não é lembrado com sentimento”, enfatiza.
Segundo Arísia Barros, entre os analfabetos do Estado, 47% são negros e 27% pardos. “Para as crianças negras que estudam, a escola é responsável pela construção da auto-estima e identidade pessoal”, explica. De acordo com ela, em Alagoas, um menino tentou suicídio aos dez anos pelo preconceito racial que sofria na própria casa e na escola. “A mãe dele tinha outros dois filhos brancos e sempre discriminava o negro”, contou.