Pelo menos 50 mulheres e dois gerentes de casas noturnas de Maceió já foram ouvidos desde o início da madrugada de hoje quando, numa ação conjunta do Ministério Público Estadual, Federal e do Trabalho, iniciada às 23h30 de ontem, resultou na descoberta de uma suposta rede de tráfico interno de mulheres, envolvendo principalmente os estados de Alagoas e Pernambuco.
Pelo menos 50 mulheres e dois gerentes de casas noturnas de Maceió já foram ouvidos desde o início da madrugada de hoje quando, numa ação conjunta do Ministério Público Estadual, Federal e do Trabalho, iniciada às 23h30 de ontem, resultou na descoberta de uma suposta rede de tráfico interno de mulheres, envolvendo principalmente os estados de Alagoas e Pernambuco.
Dois funcionários da boate “Beco´s”, no Centro de Maceió, e gerentes do Coquetel Clube foram autuados em flagrante e encaminhados às Deleacias de Plantão (Deplan). Cerca de vinte mulheres oriundas de Recife e outras cidades do interior pernambucano foram encontradas nas duas boates. Segundo a delegada plantonista, Fabiana Leão Ferreira, as prisões fazem parte de uma campanha nacional para coibir a prostituição, desencadeada pelo Ministério Público Federal, nas principais cidades do Brasil, inclusive Maceió.
Na boate Beco’s, elas realizavam os programas monitoradas por um circuito interno de tv, mas alegaram que não tinham conhecimento desse fato. Denúncia encaminhada ao MP indicam que as fitas eram usadas para extorsão dos clientes e exibição na internet como publicidade do local.
Denominada “Operação Cinderela”, a ação faz parte de uma estratégia de combate ao tráfico de pessoas e à exploração sexual infanto-juvenil, desencadeada pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) em vários estados brasileiros. Além das boates Beco’s e Coquetel Club, o MP também esteve no Pippo’s Bar, na Boate Eclipse, onde também foi constada suspeita de favorecimento de prostituição e falsificação de documentos. Na Eclipse, dez mulheres residem e se alimentam no local.
A operação envolveu promotores de Justiça, procuradores da República e regionais do Trabalho, militares da Assessoria da Procuradoria Geral de Justiça , do TIGRE, Corpo de Bombeiros e BRP, delegadas e policiais civis da OPLIT, agentes do Instituto de Criminalística, conselheiros tutelares e integrantes do projeto Sentinela, SMCCU e Vigilância Sanitária.
Por volta das 4 horas de hoje, ajuizaram pedido de busca e apreensão de objetos e documentos comprobatórios dos supostos crimes verificados durante a Operação Cinderela. O pedido foi deferido pelo magistrado de plantão.
Com informações do MP/AL