Só o imbecil irrecuperável ou o conivente acredita que o assassinato do prefeito de Santo André-SP, Celso Daniel (PT), foi crime comum – seqüestro seguido de morte; a versão oficial e o inquérito policial valem tanto quanto uma nota de 3 reais, mas, o pior é que há gente de peso e renome defendendo a ficção, e entre esses que crêem na farsa está o deputado federal Luiz Eduardo Greenhalg (PT-SP). Logo ele, que fez fama durante o regime militar defendendo presos políticos.
Só o imbecil irrecuperável ou o conivente acredita que o assassinato do prefeito de Santo André-SP, Celso Daniel (PT), foi crime comum – seqüestro seguido de morte; a versão oficial e o inquérito policial valem tanto quanto uma nota de 3 reais, mas, o pior é que há gente de peso e renome defendendo a ficção, e entre esses que crêem na farsa está o deputado federal Luiz Eduardo Greenhalg (PT-SP). Logo ele, que fez fama durante o regime militar defendendo presos políticos.
Greenhalg não só defende a versão fantasiosa como agiu diretamente para impedir o esclarecimento do crime; o médico-legista Carlos Delmonte Printes, que morreu na madrugada desta quarta-feira, 12, em circunstância estranhíssima, expulsou várias vezes o deputado da sala de autopsia do Instituto Medico Legal (IML) por ele (Greenhalg) tentar atrapalhar seu trabalho – o médico denunciou a farsa e assegurou que Celso Daniel foi torturado antes de ser assassinado.
Na verdade, o prefeito de Santo André foi assassinado em janeiro de 2002 porque tentou desfazer o esquema de arrecadação de propina para o PT; Celso Daniel aprovou o esquema, com a condição de que todo o dinheiro fosse destinado ao partido; e indicou seu ex-motorista e segurança Sérgio Gomes da Silva (o Sombra) para coordenar a arrecadação.
Quando descobriu que o dinheiro das propinas de empresários e fornecedores da prefeitura estava sendo desviado e que seus assessores estavam enriquecendo, o prefeito desfez o acordo.
Sérgio Gomes, o “Sombra”, em menos de dois anos saiu da condição de motorista para dono de empresas de ônibus na região do ABC paulista; rico e poderoso exercia sobre o prefeito influência que somente era explicada pelo acordo para o plano comum de arrecadação de dinheiro para o PT.
A família de Celso Daniel reconhece isso e assegura que o prefeito foi assassinado depois de ameaçar denunciar o esquema. Para matar Celso Daniel a máfia retirou do presídio de Guarulhos o detento Dionísio Severo, que cumpria pena por assalto e homicídio; a fuga cinematografia se deu por helicóptero.
Ao ser preso por acaso em Maceió, Dionísio abriu a boca; amigo de “Sérgio Sombra”, de cuja ex-mulher se tornou amante, Dionísio deixou claro na entrevista à imprensa alagoana que a versão da polícia paulista para o crime era uma farsa.
“Não tem nada disso aí que estão dizendo, não tem nada de seqüestro; o prefeito foi assassinado mesmo e eu vou esclarecer esse crime, vou contar tudo”. Não pode falar – Dionísio foi assassinado dentro da cela numa delegacia de Guarulhos, na presença de sua advogada, e o crime ficou impune.
Também foram assassinados os dois garçons (Antônio Palácio de Oliveira e Paulo Henrique Brito), que trabalhavam no restaurante preferido do prefeito Celso Daniel e o viram na noite do crime jantando com “Sérgio Sombra”. Mais tarde, mataram as duas testemunhas indicadas pelos garçons para serem ouvidas pelo promotor Roberto Wides; e o coveiro Iran Moraes, que identificou as torturas no corpo do prefeito Celso Daniel. Com a morte misteriosa do médico Carlos Delmonte agora são sete as testemunhas do assassinato do prefeito de Santo André que foram mortas.
O assassinato do prefeito Celso Daniel é a ponta do iceberg do esquema de corrupção montado pelo PT em São Paulo; no esquema em Santo André estão envolvidos o atual chefe de gabinete do presidente Lula e o deputado federal José Dirceu – os dois figuram como receptores das propinas.