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Polícia indicia sete pessoas envolvidas com a rede de prostituição

Sete pessoas foram indiciadas no inquérito que apurou a rede criminosa de prostituição descoberta pela polícia e Ministério Público em Maceió. O caso já está na Justiça.

Mosael Henrique

Delegadas apresentam inquérito sobre rede de prostituição

Sete pessoas foram indiciadas no inquérito que apurou a rede criminosa de prostituição descoberta pela polícia e Ministério Público em Maceió. Além do empresário Denis Melo e da esposa, Girlene Maria de Souza, foram indiciados o advogado José Carlos de Oliveira Ângelo, a ex-mulher do empresário,Maria Petrúcia da Silva, o web-design Celso Rodrigues Nascimento, responsável pelo site das boates na internet, e os funcionários Jackson da Silva e Ewerton Souza Costa.

Presidido pelas delegadas Paula Mercês e Fabiana Leão, o inquérito foi entregue ontem à Justiça, que abrirá vistas ao Ministério Pública. O MP vai se pronunciar se denuncia ou não os acusados. Os sete indiciados irão responder por crime de tráfico interno de pessoas, casa de prostituição, rufianismo e formação de quadrilha.

Segundo explicaram as delegadas, que deram hoje à tarde uma entrevista coletiva, na sede do MP, esse inquérito inclui apenas as investigações feitas nas boates 209 e Becos Show Bar, pertencentes ao casal Dênis Melo Girlene Souza. A mulher do empresário, inclusive, vai responder pelo crime de falsidade ideologia, já que se apresentava com uma identidade falsa de Girlane Maria dos Santos.

A polícia descobriu que ela utilizava esse nome falso há cerca de 10 anos, chegando a registrar empresa e licenciar veículo com outra identidade. “Por isso, Girlene vai responder outro inquérito por crime de falsidade ideológica”, afirmou a delegada Fabiana Leão.

Com relação ao web-designer Celso Rodrigues, as delegadas chegaram à conclusão de que ele participou da rede criminosa de prostituição ao lucrar com a colocação de fotos das mulheres no site das boates.

“Quem teve maior ou menor participação nessa rede criminosa também vai responder por esse crime”, frisou a promotora Marluce Falcão, que participou da coletiva junto com os promotores Ubirajara Ramos, Carla Padilha, Marília Cerqueira, e do procurador do MP Federal, Rodrigo Tenório.

Com relação às fitas encontradas na boate 209, as delegadas disseram que não tiveram acesso às gravações e que vão encaminhá-las ao MP, que vai mandar para a perícia. Em seu depoimento à polícia, o empresário Dênis Melo garantiu que as câmeras serviam apenas para fingir que as pessoas estavam sendo filmadas, como forma de proteger as mulheres em caso de agressões por parte dos clientes das boates.

De acordo com as promotoras, no levantamento junto aos documentos apreendidos nas boates, descobriu-se que cerca de 156 pessoas teriam sido agenciadas em outros estados e até no exterior – Uruguai – para trabalhar nas duas boates. A maioria das mulheres foram recrutadas no Nordeste, como Pernambuco, Sergipe, Bahia, Rio Grande do Norte e em cidades do interior de Alagoas.