Categorias: Política

Renan hesita, Téo espera e João Lyra detona a campanha sucessória

Ronaldo amava Téo, que ama Renan, que flerta com João Lyra, que deseja Celso Luiz, que se reaproximou de Fernando Collor, que diz não ser candidato – mas há controvérsias. Há mais de 400 dias da eleição majoritária de 2006, pode parecer açodamento discutir o processo agora – antes do referendo do comércio de armas.

Ronaldo amava Téo, que ama Renan, que flerta com João Lyra, que deseja Celso Luiz, que se reaproximou de Fernando Collor, que diz não ser candidato – mas há controvérsias. Há mais de 400 dias da eleição majoritária de 2006, pode parecer açodamento discutir o processo agora – antes do referendo do comércio de armas.

Para os especialistas a data é a partir de janeiro, mas esses mesmos admitem que uma candidatura majoritária não amadurece em apenas dez meses.

Isto quer dizer que seja quem for o candidato ao governo do Estado e ao Senado, eles já devem estar trabalhando nesse sentido; assim, partiram na frente o governador Ronaldo Lessa (PDT), que assumiu a candidatura de senador, e o deputado federal João Lyra (PTB) que já está em campanha na televisão.

O senador Renan Calheiros tem a chance mais concreta da sua vida para chegar ao governo do Estado; mas, antes, quando não devia se aventurou; e hoje, que pode, vive o dilema de ter de deixar a presidência do Senado e do Congresso Nacional.

COMPOSIÇÃO

O senador Renan Calheiros também analisa a oportunidade de sair candidato a vice-presidência da República e tanto faz com quem na cabeça; se o presidente Lula tentando a reeleição ou se o José Serra ou outro candidato do PSDB.

Essas oportunidades somente começarão a se delinear mais firmemente a partir de janeiro, como recomenda a tradição, mas, com certeza, o objetivo é resultado do trabalho dos últimos quatro anos, que chegou ao Ministério da Justiça. A eleição para a presidência do Senado é o passaporte quase carimbado.

Mas, enquanto trabalha com essa possibilidade em nível federal o senador alimenta as esperanças de sair candidato ao governo de Alagoas – sonho que se tornou pesadelo em 1990 e o levou ao rompimento com Fernando Collor. A posição de Renan deixa o governador Ronaldo Lessa na expectativa; Lessa não quer ser surpreendido.

E irrita o deputado João Lyra, que decidiu não esperar mais; Lyra está com a campanha a governador na rua e usa o programa eleitoral do PTB no rádio e na televisão para defender melhores salários para os policiais civis e militares.

O deputado João Lyra não tem ficado aí; ele já conversou com o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Celso Luiz, a maior liderança sertaneja e que é candidato a vice-governador; também conversou com o ex-presidente Fernando Collor, esquecendo – ambos – os atritos durante a campanha de 2002, quando condicionou a ajuda logística à campanha de Collor ao governo do Estado a garantias mobiliárias.

Lyra e Collor estão juntos, embora ainda relutem em aparecer em público; e Celso Luiz se vê mais ao lado de Lyra na disputa pelo governo do Estado do que de Renan, que tem compromissos com lideranças de Arapiraca.

A sucessão em Alagoas está nesse nível de indefinição aparente – a rigor, indefinido mesmo só o senador Renan Calheiros; o senador Teotônio Vilela Filho (PSDB) já deixou claro que não “morre de desejo” em ser governador – e seus companheiros cobram a postura de candidato; o ex-presidente Fernando Collor diz que abandonou a política, mas ninguém acredita; Collor tem agora a chance concreta de recuperar o mandato e recomeçar em Brasília como deputado federal.