O ex-prefeito Paulo Maluf e seu filho Flávio deixaram na noite desta quinta-feira a superintendência da Polícia Federal em São Paulo, onde estavam presos desde o dia 10 de setembro. O STF (Supremo Tribunal Federal) deferiu hoje pedido de liminar com habeas corpus para os dois.
O ex-prefeito Paulo Maluf e seu filho Flávio deixaram na noite desta quinta-feira a superintendência da Polícia Federal em São Paulo, onde estavam presos desde o dia 10 de setembro. O STF (Supremo Tribunal Federal) deferiu hoje pedido de liminar com habeas corpus para os dois.
Maluf e Flávio são acusados de crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha. A prisão preventiva dos dois foi decretada porque a Justiça entendeu que, em liberdade, poderiam prejudicar o andamento do processo.
Gravações telefônicas mostraram uma tentativa de Flávio de manipular um depoimento do doleiro Vivaldo Alves, que diz ter movimentado US$ 161 milhões dos Maluf em contas nos Estados Unidos.
Um dos advogados de Paulo Maluf, Ricardo Tosto, afirmou que o ex-prefeito e seu filho ficaram emocionados com a notícia da liberdade. Segundo ele, cada um deve seguir para a própria casa.
Tosto disse ainda que eles não devem passar pelo IML (Instituto Médico Legal) para exame de corpo de delito e negou que esteja prevista alguma comemoração em família.
Tosto afirmou que deve entrar amanhã com uma petição na 4ª Vara da Fazenda Pública para extinguir o processo contra seu cliente. Segundo ele, o processo está baseado em documentos ilegais.
Ao comentar a decisão do STF, Tosto afirmou que entendeu que o julgamento foi sobre o mérito do processo, o que em tese impediria novos recursos contra os Maluf. "Na área civil, amanhã nós vamos entrar com uma petição para retirar todos os documentos, que são ilegais, que não poderiam constar dos autos", afirmou o advogado.
Segundo ele, o processo na área civil tem base nos documentos da Suíça. "Se o Ministério Público não cumpriu com o acordo Brasil-Suíça, o documento não tem valor. Se ele não tem valor, o processo é ilegal."