O Comando de Policiamento Militar não registrou prisões, brigas e detenções durante as votações do referendo. No entanto, o dia de votações foi marcado pela ausência de mesários, que provocou tumulto e atraso no processo eleitoral.
O Comando de Policiamento da Capital não registrou prisões, brigas e detenções durante as votações do referendo. No entanto, o dia de votações foi marcado pela ausência de mesários, que provocou tumulto e atraso no processo eleitoral.
De acordo com o comandante do CPC, coronel Brito, os problemas ocorridos no dia de ontem foram causados por baterias de urnas eletrônicas, que descarregaram, e falta de mesários.
“No Colégio Cristo Rei, no Farol, algumas seções não tiveram nenhum mesário, tivemos que convocar eleitores. Outro problema foi a falta da justificativa”, disse o comandante.
Para o desembargador Fernando Tourinho, que preside o Tribunal Regional Eleitoral, os mesários deveriam ser remunerados para evitar esses problemas. “Ou, no mínimo, que sejam criadas perspectivas que dêem favorecimento aos mesários de alguma forma, como em concursos, por exemplo”, afirmou.
O desembargador disse ainda que conversará com os juízes eleitorais para pedir justificativas aos mesários faltosos. “Se ficar provado que foi irresponsabilidade, eles serão punidos”, explicou.
Nesta manhã, o reforço de 574 policiais militares que auxiliaram os eleitores do interior do Estado de Alagoas está retornando a Maceió.
“Não houve alterações durante as votações. Somente alguns mesários, que faltaram em colégios eleitorais de Penedo, mas a situação foi contornada”, explicou o comandante de Policiamento do Interior, Joca Pimentel.
O comandante disse ainda que, o reforço dos PMs foi decisivo para a normalidade nas votações. Do efetivo da Polícia Militar, 1.956 homens atuaram na capital e no interior o reforço foi de 2.912 militares.
Em Alagoas, 83 municípios disseram “não” e somente 19 optaram pelo “sim” à proibição do comércio de armas e munições no país.
O secretário coordenador de Justiça e Defesa Social, Paschoal Savastano, que votou no “sim”, pela cultura da paz, disse hoje disse que as coisas não mudarão por causa do Estatuto do Desarmamento, que já está vigorando.
“O ‘não’ não quer dizer abertura as armas porque o estatuto delimita quem pode ter o porte de armas e o que é necessário para ter uma arma”, explicou.
De acordo com o estatuto, o cidadão que deseja portar armas em casa ou no local de trabalho deve ter mais de 25 anos, declarar necessidade, ter residência fixa, provar ocupação lícita, capacidade técnica e aptidão psicológica –por meio de um teste psicotécnico–, além de apresentar uma certidão de antecedentes criminais fornecida pelas Justiças Federal, Estadual, Militar e Eleitoral.