Os docentes da Universidade Federal de Alagoas realizam, daqui a pouco, uma assembléia para avaliar a greve da categoria. A expectativa é de que, amanhã, o Governo apresente uma nova proposta, para finalizar a greve que atinge 37 universidades no país.
Os docentes da Universidade Federal de Alagoas realizam, daqui a pouco, uma assembléia para avaliar a greve da categoria. A expectativa é de que, amanhã, o Governo apresente uma nova proposta, para finalizar a greve que atinge 37 universidades no país.
Segundo o presidente da Associação dos Docentes da Ufal, Antônio Passos, o movimento está forte e é crescente. "Tudo vai depender da sensibilidade do Governo", disse, referindo-se ao fim da greve.
Ainda de acordo com o professor, a indicação do movimento nacional é continuar a greve, já que o comando nacional terá uma reunião amanhã com o Ministério da Educação.
O movimento nacional de greve dura mais de 50 dias, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes (Andes).
O secretário-executivo adjunto do ministério, Ronaldo Teixeira, destacou as alterações apresentadas na nova proposta, entre elas a criação de um grupo de trabalho que definirá os critérios para a reestruturação da carreira.
Ele avaliou ainda que, as reinvicações dos professores estão "acima da disponibilidade orçamentária" do ministério. A primeira proposta, rejeitada pelos docentes, foi apresentada no dia 14. E a nova, segundo Marina Barbosa, presidente do Sindicato, traz "somente pequenas alterações percentuais".
Teixeira também lembrou que a proposta prevê aumentos percentuais dos pontos da Gratificação de Estímulo à Docência (GED), "para que nenhum professor tenha prejuízo em relação ao índice flacionário do período". E a criação da classe do professor associado, em que "abrimos mais um nível para a progressão qualificada da carreira".
Já a presidente do Sindicato contestou o dado apresentado pelo ministério, de que a contraproposta representaria um desembolso anual de R$ 1,3 bilhão.
"Nossa proposta custa R$ 473,1 milhões, para incluir os 18% no vencimento do magistério superior de primeiro e segundo grau, a equiparação da GED e a Gratificação Específica de Atividade Docente (Gead). Além disso, a gente teria que acoplar o início dos gastos com a classe de professor associado e de professor especial, o que somaria aproximadamente R$ 190 milhões", afirmou Marina Barbosa.
Ronaldo Teixeira argumentou que a proposta do Ministério da Educação "passa a vigorar em 2006, enquanto a do sindicato considera especialmente o ano de 2005". E completou: "Mesmo assim, são números muito distantes das possibilidades de que dispomos hoje".
As principais reivindicações dos professores universitários são: paridade entre os salários dos docentes da ativa, aposentados e pensionistas; recuperação do poder aquisitivo diante da perda inflacionária; extinção das gratificações, que seriam incorporadas para efetivar o fortalecimento do vencimento básico; e fim das remunerações por critérios produtivistas.
Com informações da Agência Brasil