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Assassino de Fernando Fidélis diz que crime foi por falta de convívio

“O Fernando era ‘cabueta’ e queria mandar no presídio. Cabueta tem que morrer”, disse Edson dos Santos Tavares, 31 anos, conhecido como “Pé de Cobra”, relatando o fato de que, segundo ele, Fernando Fidélis levava ao conhecimento da direção do presídio tudo o que acontecia dentro do módulo III da unidade prisional.

Alagoas 24 Horas

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Depois de prestar depoimento na Delegacia de Plantão II (Deplan), no bairro do Tabuleiro, o assassino confesso do fazendeiro José Fernando Neto, Fernando Fidélis, afirmou que o crime foi motivado pela falta de convívio dentro do Presídio Baldomero Cavalcanti e pelo fato de Fidélis querer mandar no módulo onde estava.

“O Fernando era ‘cabueta’ e queria mandar no presídio. Cabueta tem que morrer”, disse Edson dos Santos Tavares, 31 anos, conhecido como “Pé de Cobra”, relatando o fato de que, segundo ele, Fernando Fidélis levava ao conhecimento da direção do presídio tudo o que acontecia dentro do módulo III da unidade prisional.

Segundo Edson, ele e Fidélis tinham uma “richa” há muito tempo porque Fidelis queria mandar na prisão e Edson não permitia. “Eu matei ele hoje porque tive muita raiva depois que ele me deu um tapa na cara. Peguei a arma que estava escondida na laje e fui atrás dele. Ele correu para o banheiro da cela e eu atirei”, relata o assassino.

Arma

Sobre a arma utilizada no crime, um revólver calibre 38, Edson contou duas versões com relação ao período em que a conseguiu. A primeira foi de que tinha conseguido durante uma fuga acontecida no mês de abril deste ano. Logo depois chegou a afirmar que tinha o revólver desde 2003.

Ele disse ainda que escondia a arma em diversos lugares para evitar que fosse encontrada durante as revistas realizadas nas celas. “Hoje ela [arma] estava escondida na laje no módulo, mas eu sempre mudava de lugar para não ser pega nas revistas”, disse Edson, que é condenado há quatro anos de prisão por tráfico de drogas e responde por mais outros processos, entre eles um homicídio.

Fabiano Fidélis

A intenção de Edson era assassinar os dois irmão, Fernando e Fabiano Fidélis, ambos presos no módulo III do Presídio Baldomero Cavalcanti.

Após deflagra três tiros à queima roupa em Fernando Fidélis, dois na cabeça e um na região lombar, Edson dos Santos Tavares queria também assassinar o irmão Fabiano Fidélis, que presenciou o crime junto com o reeducando David Costa dos Santos.

David foi quem evitou que Fabiano fosse assassinado. Muito abalado com o crime, Fabiano foi ouvido pela delegada plantonista da Deplan II, Kézia Lyra, eu uma sala do presídio. Já David foi encaminhado junto com Edson para serem ouvidos na própria delegacia.

Família

Depois de muitos gritos pedindo para ver o corpo do marido dentro do Presídio Baldomero Cavalcanti, a esposa do fazendeiro José Fernando Neto, o Fernando Fidélis, disse acreditar que a morte do marido foi queima de arquivo.

Fernando Fidélis, junto com o ex-policial militar Garibaldi Santos Amorim, acusaram o delegado Valdir Silva Carvalho e o PM Emanuel Guilhermino da Silva (“Fininho”) de terem intermediado a morte de Ebson Vasconcelos Silva, o Eto, assassinado com vários tiros no Centro de Maceió em 2002.

Muito abalada, Tânia Maria Couto, que foi casada com o fazendeiro por 24 anos e teve dois filhos, chegou a dizer que depois que enterrasse o marido iria conversar com a imprensa para revelar o que estava acontecendo.