Dois dos maiores pecuaristas brasileiros, que prestigiaram o leilão de embriões, promivido pelos Irmãos Barros Correia, consideraram “muito estranho” o noticiário sobre focos de aftosa, no memento em que o Brasil assume a posição de maior exportador de carne bovina.
Dois dos maiores pecuaristas brasileiros, que prestigiaram o leilão de embriões, promivido pelos Irmãos Barros Correia, consideraram “muito estranho” o noticiário sobre focos de aftosa, no memento em que o Brasil assume a posição de maior exportador de carne bovina.
O ex-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), o mineiro João Olavo Borges Mendes, disse que o vírus veio do Paraguai; e o paulista Adir Leonel foi ontundente: “Estão fazendo terrorismo com a aftosa”.
Adir é apontado como um dos maiores bovinocultores do País; ele e João Olavo participaram do leilão de embriões promovido pelos Irmãos Barros Correia e realizado pela Agreste Leilões. Adir e Olavo negaram ter-se registrado casos de aftosa no Paraná e em São Paulo, e não entendem como, mesmo assim, a notícia foi divulgada com alarde. “Os casos ficaram restritos ao Mato Grosso”, disseram.
Integrado
Outro pecuarista, Paulo Leonel, filho de Adir e diretor de Marketing do Pró-Carne, programa de incentivo ao consumo de proteína animal lançado em São Paulo, acha que está havendo “muito sensacionalismo”. Para ele, o vírus pode ter vindo pelo ar; atravessou a fronteira com o Paraguai e se instalou em Mato Grosso. “Não precisa trazer um boi um vasa contaminada; o vírus também pode vir por via aérea, pois seu raio de penetração vai além de 50 quilômetros no ar”, ensinou.
Para o ex-presidente da ABCZ, João Olavo, a aftosa só deixará de ser ameaça quando for realizada uma ação integrada de todos os governos latinos para combater a doença em toda a América do Sul. “De nada adianta combater a aftosa de maneira isolada. A nossa fronteira seca com o Paraguai e a Bolívia tem mais de 1,5 mil quilômetros e isto torno impossível o controle efetivo”, sugeriu.
Terrorismo
Para o bovinocultor paulista Adir Leonel, “o boi virou jogo na Bolsa de Valores e o fato de o Brasil ter se tornado o maior exportador de carne bovina do mundo incomoda muita gente”. Com isto, ele quis mostrar que os focos de aftosa localizados no Mato Grosso pode perfeitamente ser ato de terrorista, principalmente porque se viu, depois, a divulgação de notícias falsas sobre a presença da doença no Paraná e em São Paulo.
Apesar de tudo, Adir é otimista; ele acha que as medidas suspendendo a compra a de carne brasileira, adotada por alguns países da Europa, não vai demorar muito. “Eles precisam da nossa carne”, lembrou, “e sabem que nós estamos cuidando muito bem do nosso rebanho”. O ex-presidente da ABCZ concorda com Adir; ele possui fazenda também em Mato Grosso e garante que lá o controle é rígido; a vigilância sanitária é rigorosa.”