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Agricultores rurais do MLST retornam para os acampamentos

Depois de uma reunião com representantes do Incra, cerca de 1500 integrantes do MLST retornarão aos acampamentos no interior do Estado. Neste momento, os trabalhadores rurais desfazem o acampamento na praça Sinimbú e aguardam os 15 ônibus que os transportarão.

Alagoas24Horas/Arquivo

Trabalhadores rurais vieram em marcha de Flexeiras

Depois de uma reunião com representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Incra, cerca de 1500 integrantes do Movimento pela Libertação dos Sem Terra retornarão aos acampamentos no interior do Estado.

Neste momento, os trabalhadores rurais desfazem o acampamento na praça Sinimbú, para aguardar os 15 ônibus que os transportarão.

A marcha do MLST, que chegou a Maceió na última terça-feira, para ter uma reunião com o superintendente do Incra, Gino César, e solicitar a intervenção do Governo do Estado e na acelerar os processos de desapropriação de terras improdutivas.

Depois das duas reuniões, o coordenador do movimento, Marcos Antônio Silva, conhecido por Marrom, afirmou que o MLST não está muito satisfeito, mas retornará ao campo com algumas esperanças.

“Soubemos que a desapropriação das terras da fazenda Agrisa e Peixe está sendo discutida em Brasília. E já foram liberados 500 mil reais para as prefeituras de Porto de Pedra, Matriz do Camaragibe e Jacuípe, para a realização de obras de infra-estrutura nos acampamentos e assentamentos”, afirmou Marrom.

Para o superintendente do Incra, as obras custam cerca de R$ 70 mil, cada e servirão para favorecer o abastecimento de água. "As obras também serão para as cidades de Murici e Jacaré dos Homens. Sobre a desapropriação das terras do complexo Agrisa e Peixe, são 22 propriedades, que servirão para cerca de duas mil famílias", explicou.

Gino César disse ainda que todos os movimentos serão beneficiados com a desapropriação.

Sobre as terras do Instituto Nacional de Seguro Social, INSS, foi marcada uma reunião, entre uma comissão do movimento e o Incra, no dia 11, para discutir sobre as terras, que ficam nos municípios de Murici, Branquinha e União dos Palmares.

"Já mandamos um ofício para o INSS, dizendo que o Incra tem interesse nas terras", disse Gino César.

No dia 12 de novembro, os agricultores rurais pertencentes a todos os movimentos do Estado participam da Romaria da Terra, atividade promovida pela Comissão Pastoral da Terra. O evento será em Joaquim Gomes, onde os sem terra caminharão por 12 quilômetros, em uma manifestação para pedir a Reforma Agrária.