O ministro da Cultura, o cantor e compositor Gilberto Gil, faz hoje pronunciamento em cadeia de rádio e TV no qual afirma que "o foco das ações [da pasta em sua gestão] mudou, passando a ser o conjunto da sociedade, e não apenas os artistas".
O ministro da Cultura, o cantor e compositor Gilberto Gil, faz hoje pronunciamento em cadeia de rádio e TV no qual afirma que "o foco das ações [da pasta em sua gestão] mudou, passando a ser o conjunto da sociedade, e não apenas os artistas".
Gil mantém a carreira de músico em paralelo ao trabalho no MinC (Ministério da Cultura). Não suspendê-la foi sua condição para aceitar o cargo no governo.
O pronunciamento desta noite, em tom de balanço da gestão, foi solicitado pelo ministro. A data coincide com o Dia da Cultura.
No discurso, Gil relata diálogo seu com o presidente, de 2002. "Disse a ele que minha presença aqui [no MinC] só faria sentido se todo o governo encarasse a cultura como prioridade."
Após elencar realizações do ministério, Gil conclui que "cultura, agora, é prioridade mesmo".
No primeiro semestre deste ano, o MinC teve 57% de seu orçamento (R$ 289 milhões) contingenciado pelo executivo. A retenção da verba provocou atrasos em pagamentos e revisão de planos de investimentos.
No pronunciamento, o ministro afirma que o orçamento da pasta no ano de 2006 será equivalente ao dobro do valor de 2002, ano do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Em 2003, Gil disse que iria "lutar" para que o ministério recebesse 1% do Orçamento Geral da União "pelo menos no quarto ano [de governo]". No pronunciamento, ele não cita percentuais. "A situação ainda não é ideal, mas estamos em processo de evolução."