Após uma reunião - que durou cerca de três horas na Reitoria da Universidade Federal de Alagoas - com o Conselho Universitário (Consuni) os estudantes do Comando de Mobilização Estudantil, que há 12 dias ocupam o gabinete da reitora da Ufal, decidiram manter a ocupação por tempo indeterminado.
Após uma reunião – que durou cerca de três horas na Reitoria da Universidade Federal de Alagoas – com o Conselho Universitário (Consuni) os estudantes do Comando de Mobilização Estudantil, que há 12 dias ocupam o gabinete da reitora da Ufal, decidiram manter a ocupação por tempo indeterminado.
A discussão das pautas do movimento foi acordada por uma comissão de estudantes, professores e pró-reitores, na última sexta-feira, para que fossem debatidas as reivindicações dos estudantes e então, liberado o gabinete da reitora.
Durante a reunião de hoje, presidida pela reitora Ana Dayse Dórea, os estudantes apresentaram cinco pontos de pauta: fim da cobrança das taxas acadêmicas, anulação das atividades acadêmicas durante a greve, abertura do Restaurante Universitário aos demais estudantes ao preço de custo, ampliação do número de comensais e a substituição do vice-reitor, Eurico Lobo, que está assumindo interinamente a pró-reitoria Estudantil (Proest).
Segundo a reitora Ana Dayse, o Conselho Universitário aprovou resolução criando duas comissões de trabalho que vão discutir duas pautas pendentes. A primeira, composta de representantes dos estudantes, das pró-reitorias de Graduação, de Planejamento e Estudantil, Adufal, assessoria jurídica e representante dos técnicos administrativos, vai discutir a possibilidade de extinção das taxas.
Ainda segundo Ana Dayse, o segundo grupo de trabalho vai fazer um estudo sobre a ampliação de ofertas de comensais para o restaurante universitário e a abertura para os demais estudantes ao preco de custo. “Com essa discussao vamos fazer um estudo de impacto financeiro", afirma.
Para os estudantes, a criação das comissões de trabalho que vão examinar tanto a cobrança de taxas, quanto à ampliação do restaurante universitário – decidida na reunião – representam um impasse nas negociações. “Uma Universidade pública não pode usar o argumento da utilização dessas taxas para despesas, por isso, nós reivindicamos o fim de cobranças”, ressalta a coordenação do movimento.
O vice-reitor Eurico Lobo, disse não entender a decisão dos estudantes, de permanecerem no gabinete da reitora, afinal haviam acordado que seria essa a condição para liberarem o local. “Cumprimos a nossa parte nas negociações. Agora vamos aguardar que o bom senso prevaleça”.
Apoiados pelo comando de greve do Sintufal e Adufal, acreditam que a sua saída do gabinete da reitora, sem a resolução de todas as reivindicações, iria de encontro aos objetivos do movimento e por isso está totalmente descartada. “Só vamos desocupar o gabinete, quando as pautas forem atendidas na sua integralidade”, afirma Lucas, um dos coordenadores do Movimento.
Outras reuniões, entre os membros do Comando de Mobilização Estudantil, devem ocorrer nos próximos dias para definir os novos rumos de negociações com o Consuni.