A memória do jurista Pontes de Miranda é preservada no museu dedicado a ele, pelo Tribunal Regional do Trabalho. Nesta semana, o programa TRT Informa recebe a coordenadora do Memorial Pontes de Miranda, Gisela Pfau, que fala sobre os projetos culturais do museu da Justiça do Trabalho de Alagoas.
A memória do jurista Pontes de Miranda é preservada no museu dedicado a ele, pelo Tribunal Regional do Trabalho. Nesta semana, o programa TRT Informa recebe a coordenadora do Memorial Pontes de Miranda, Gisela Pfau, que fala sobre os projetos culturais do museu da Justiça do Trabalho de Alagoas.
Acho que o mais importante, o principal, é a homenagem que o Tribunal Regional do Trabalho fez dando o nome à instituição. Pontes de Miranda foi um grande jurista, reconhecido internacionalmente e não havia nenhuma homenagem de relevância no Estado e até mesmo no Brasil a esse expoente da área jurídica. E também podemos mencionar a preservação da história da Justiça do Trabalho. O Memorial contribui através de eventos, projetos educacionais como “A Escola vai ao Museu”, exposições como o “Salão de Pintores”, a “Cores e Vidas” que é voltada para estudantes portadores de algum tipo de deficiência, concursos, ou seja, é uma instituição viva e o museu tem que ser visto dessa forma. Desde a década de 80 e 90 houve uma transformação nos museus; eles não são mais um depósito do passado com objetos empoeirados. São instituições vivas que precisam participar e apoiar a cultura do Estado.
O projeto “A Escola vai ao Museu” é voltado a jovens, estudantes do Ensino Fundamental e Ensino Médio, de escolas públicas, municipais e estaduais ou de assistência social. É uma oportunidade para que os jovens conheçam o presidente do Tribunal, a sala de sessões do Tribunal Pleno, uma sala de audiência da Vara do Trabalho onde assistem uma audiência, como é, o posicionamento do trabalhador, do empregador e depois fazem a visita ao Memorial Pontes de Miranda.
Temos também um projeto em parceria com a Associação dos Magistrados, que é o “Trabalho, Cidadania e Justiça”, onde os estudantes têm uma palestra com um juiz, que passa informações relacionadas à Justiça do Trabalho e a importância da cidadania.
Podemos citar ainda o “Futuro Trabalhador”, também voltado para jovens estudantes em parceria com a Delegacia Regional do Trabalho, onde um auditor fiscal fala sobre os direitos do trabalhador, como calcular horas extra, fundo de garantia.
E contamos também com eventos como o “Cores e Vidas”, que é uma exposição voltada para estudantes assistidos por alguma instituição, portadores de deficiência, com o objetivo não somente social, mas de ajudar a elevar a auto-estima desses jovens, integrá-los à sociedade, mostrar que eles são capazes de apresentar um bom trabalho.
Temos também o “Salão de Pintores”, que já está na nona edição, voltado aos artistas plásticos. Então, nossa contribuição é muito grande com esses projetos todos, como os dois concursos que nós estamos agora, o “Concurso Literário Poesia e Conto” para o público em geral e o “Concurso de Monografia Jurídica” para os jovens universitários do curso de Direito.
Não. Acho que somente um pequeno grupo de estudiosos da área do direito tem realmente noção da importância de Pontes de Miranda no contexto universal do pensamento jurídico. Agora é justamente esse compromisso que nós temos com os jovens de mostrar a importância de Pontes de Miranda, o papel que ele teve no meio jurídico, literário, na matemática, como sociólogo, filósofo e também é extremamente importante a gente fazer um trabalho com os estudantes para que eles possam preservar esse patrimônio da Justiça do Trabalho, lutar pela preservação da memória do nosso País.
O programa, apresentado por Rachel Amorim, Gracielle Suíca e Victor Máximo, é exibido na Tv Educativa, segunda e quarta, às 11h40, e na Tv Mar, segunda, quarta e sexta, às 11h45 e 19h30.