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Lessa e Renan discutem sucessão em Alagoas

O governador Ronaldo Lessa (PDT) e o senador Renan Calheiros (PMDB) têm encontro marcado em Brasília para discutir a sucessão em Alagoas; Lessa vai reafirmar que o senador é o seu candidato.

O governador Ronaldo Lessa (PDT) e o senador Renan Calheiros (PMDB) têm encontro marcado em Brasília para discutir a sucessão em Alagoas; Lessa vai reafirmar que o senador é o seu candidato e Renan dirá se vai ou não disputar a sucessão estadual – a intenção dele era se definir somente em janeiro, mas foi surpreendido pelos últimos acontecimentos políticos em Alagoas.

O encontro deverá acontecer depois do dia 20 e um dos acontecimentos que motivou o governador a conversar com o senador e que deverá antecipar a decisão de Renan é a candidatura do deputado federal João Lyra (PTB), que partiu na frente e está fechando acordos políticos em todo o Estado.

A última informação passada ao governador foi a de que João Lyra fechou um acordo com 25 dos 27 deputados estaduais – ficaram de fora apenas o deputado Paulão PT e a deputada Maria José (PSB).

RECADO

O governador também foi informado de que o senador Renan Calheiros “estava desgostoso” com o processo conduzido pelo Palácio dos Martírios e que, por isso, deixou que prosperasse a informação da candidatura de seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB), ao Senado – vaga que é disputada por Lessa, que se considera candidato natural do grupo.

O lançamento do nome de Olavo foi entendido como recado de Renan, que tem comunicado, por assessores, estar “desgostoso com o processo”.

O prazo que o senador havia fixado para anunciar se aceita ou não disputar o governo do Estado tem muito mais a ver com a conjuntura nacional, que local.

Renan é o nome mais forte da República, hoje, para compor a chapa presidencial na condição de vice-presidente; ocorre que, na hipótese de o presidente Lula disputar a reeleição, o que é muito provável, a chapa do PSDB terá de ser fechada com um político pernambucano de peso como vice-presidente, para tentar neutralizar o candidato do PT no seu Estado de origem.