No relatório do Comando de Policiamento da Capital, pelo menos três escolas foram alvos da violência – durante o dia de ontem. Os crimes – conforme relato da Polícia Militar – vão desde furto qualificado até ameaça de morte sofrida pela diretora de um dos colégios. Os relatos foram registrados pela PM e divulgados pelo Centro de Operações.
No relatório do Comando de Policiamento da Capital, pelo menos três escolas foram alvos da violência – durante o dia de ontem. Os crimes – conforme relato da Polícia Militar – vão desde furto qualificado até ameaça de morte sofrida pela diretora de um dos colégios. Os relatos foram registrados pela PM e divulgados pelo Centro de Operações.
Segundo o sargento PM Dantas, lotado no Batalhão da Polícia Escolar, o desempregado José Raimundo Pinheiro, 41, foi preso na porta da Escola Manoel Pedro Givaldo Carimbão, localizada no Conjunto Santos Dumont (Tabuleiro do Martins).
Conforme o PM, ele estava tentando assediar sexualmente os estudantes do colégio. Pinheiro foi preso em flagrante delito e conduzido à Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente. O suspeito pode ser acusado que crime de pedofilia.
Outro caso, relatado pelo cabo Paulo Roberto, que comandou uma equipe da Polícia Militar, foi a prisão de D.A.S, 17, e Suiane Venâncio os Santos. Eles foram detidos por arrombarem o Colégio Positivo, em pleno período de aula.
Com os suspeitos, a PM apreendeu R$ 700, um computador, uma copiadora, quatro ventiladores e vários alimentos. Todos os itens – de acordo com o cabo – são produtos do roubo. O adolescente envolvido no crime foi levado para a Delegacia de Menores. O outro suspeito responderá pelo crime na Delegacia de Roubos e Furtos da Capital.
Ainda no mesmo relatório, a PM registra a prisão de J.M.S, 16, preso por ameaçar a diretora da Escola Adeilsa de Oliveira, em Chã da Jaqueira. Ele foi conduzido para Delegacia de Menores, depois que a diretora prestou queixa.
Os casos de violência nas escolas – ocorridos nos últimos seis meses – chamaram a atenção tanto das comunidades envolvidas, quanto do secretário municipal de Educação, Regis Cavalcanti, que se reuniu com a população num seminário, onde discutiu o tema. De acordo com uma das coordenadoras do evento (técnica representante da Secretaria Executiva de Educação), Sônia Moraes, as comunidades, juntamente com as autoridades, ficaram de elaborar uma carta-documento solicitando ações do Governo para coibir casos como os relatados acima.
Segundo Moraes, o projeto do documento já conta com a parceria da Polícia Militar, da Guarda Municipal, secretarias municipal e estadual de Educação e do Batalhão de Policiamento Escolar. As ações propostas serão fiscalizadas pelos conselhos escolares, compostos por membros da sociedade organizada.
Em casos extremos, como uma escola pública de Cruz das Almas, onde há relatos até de estupro de uma estudante, por conta da ausência de segurança ao redor da escola, a Polícia Civil começou a atuar – em parceria com a Militar – num policiamento ostensivo.
O diretor-geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino, determinou que a Polícia Civil realizasse rondas nos locais mais críticos. “Locais estes que devem ser estudados previamente pelos órgãos de segurança”, completou o diretor-geral. “A Polícia Civil não tem esta função de ostensividade, que é da Polícia Militar. No entanto, nós estamos trabalhando para somar. Como deve ser também o trabalho daqueles que desenvolvem políticas públicas”, declarou.