Seis pessoas foram indiciadas para não atrapalhar as investigações no assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis e uma delas é o secretário Executivo de Ressocialização, Valter Alves Gama. Antes de irem para a sede da Polícia Federal, no Jaraguá, os indiciados deverão fazer o exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal.
Seis pessoas foram indiciadas para não atrapalhar as investigações no assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis e uma delas é o secretário Executivo de Ressocialização, Valter Alves Gama.
Os mandados de prisão temporária foram expedidos pelo juiz Braga Neto, da 8ª Vara Criminal. Antes de irem para a sede da Polícia Federal, no Jaraguá, os seis indiciados deverão fazer o exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal.
Os outros indiciados foram o diretor do presídio, Jair Macário, o superintendente do Sistema Prisional, Mário Jorge, o diretor de disciplina, Jorge Oliveira, o delegado Valdir Silva de Carvalho, e um agente do presídio, conhecido apenas como Cristiano.
Hoje, quando o ex-PM Garibalde Amorim saiu do presídio Baldomero Cavalcanti, ele denunciou pessoas ligadas ao sistema prisional por torturarem presos para obter depoimentos.
Já no Fórum de Maceió, os promotores do Ministério Público, Marcus Mousinho, Karla Padilha e Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, ouviram um dos maiores traficantes de Alagoas, Amauri Soares Ferreira, o Ari, e o presidiário David dos Santos.
O fazendeiro Fernando Fidélis foi assassinado no dia 28 de outubro, por três tiros de um revólver de calibre 38, disparados pelo preso Edson dos Santos Tavares, no módulo III, do presídio Baldomero Cavalcanti.
O assassino confesso alegou uma richa na cela, mas essa linha de investigação foi logo descartada pelo delegado responsável pelo caso, Marcílio Barenco, que investigava o caso, com o auxílio dos promotores do Ministério Público.
Ontem, o delegado Marcílio Barenco alegou motivo de fórum íntimo e pediu para ser afastado do inquérito.
Desde então, duas versões apareceram em torno da morte de Fidélis, uma é a de que o assassinato teria acontecido devido uma dívida de comercialização de drogas com um traficante Ari. A outra é de que o crime teria sido uma queima de arquivo, já que Fidélis era uma testemunha importante de crimes no Estado de Alagoas.
A polícia também não descarta a ligação entre as mortes de Fidélis e Cícero Belém. Três dias depois do assassinato de Fidélis, o pistoleiro Cícero Sales de Belém, de 42 anos, morreu em uma emboscada, no Tabuleiro dos Martins. Ele dirigia um veículo registrado no nome da viúva de Fernando Fidélis e levava grande quantia em cédulas de R$ 50, totalizando mais de seis mil reais. O carro foi alvejado com vários tiros de pistola, que também matou Alfredo Tenório.