O governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, pediu hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva rolagem de 30 anos para o pagamento da dívida do estado, que é de R$ 5 bilhões. Lessa disse que outros estados conseguiram esse prazo para pagar as dívidas.
Brasília – O governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, pediu hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva rolagem de 30 anos para o pagamento da dívida do estado, que é de R$ 5 bilhões. Lessa disse que outros estados conseguiram esse prazo para pagar as dívidas.
"Eu peço a rolagem do pagamento da dívida para 30 anos. Por que o meu foi de 10 anos? Me coloca pra 20 que eu baixo pra 15. Não é justo, depois de ter melhorado o estado, melhorar tudo, eu ser tratado dessa forma. Não estou pedindo esmola, nem nada diferenciado. Se me tratarem igual, Alagoas resolve seus problemas", afirmou o governador depois de audiência com o presidente no Palácio do Planalto.
Segundo Lessa, o presidente garantiu que vai conversar com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, sobre o assunto e cuidar do pedido pessoalmente. Lessa fez outro pedido a Lula: que o Ministério da Justiça ajude no combate às rebeliões nos presídios do estado. "Alagoas não pode voltar a um passado de envolvimento com o crime", disse ele.
Questionado por um jornalista se o presidente comentou, durante o encontro, o tema reeleição, o governador Lessa disse que Lula lhe perguntou se era favorável a um segundo mandato e ele respondeu que é contra a proposta. "Acho oito anos demais. Estou lutando para honrar os oito anos com dignidade, mas é muito sacrifício. Eu sou contra a reeleição."
De acordo Lessa, Lula concordou que o segundo mandato é muito, mas destacou que o mandato presidencial de quatro anos é pouco para realizar todas as ações necessárias. O governador disse que Lula considera necessária a reforma política, além de um reexame da questão dos
mandatos.
Em entrevista a nove emissoras de rádio, o presidente disse hoje que decidirá em março, abril ou maio, se vai disputar a reeleição em 2006. "Estou muito convencido de que o presidente da República não tem que fazer campanha eleitoral antes do momento em que começa a campanha", justificou.