O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia hoje à tarde a reunião mensal de dois dias para avaliar a condução das diretrizes de política monetária e estudar possível redução da taxa básica de juros, que serve de parâmetro para os financiamentos diários com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia hoje à tarde a reunião mensal de dois dias para avaliar a condução das diretrizes de política monetária e estudar possível redução da taxa básica de juros, que serve de parâmetro para os financiamentos diários com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).
Na primeira fase da reunião, o presidente e diretores do Banco Central, que compõem o colegiado do Copom, assistem a exposições técnicas dos chefes de departamento e do gerente-executivo de Relacionamento com Investidores. Eles apresentam análises da conjuntura interna; em especial quanto ao controle inflacionário, finanças públicas, balanço de pagamentos, reservas, mercado de câmbio e agregados monetários.
Hoje será uma avaliação prospectiva das tendências da inflação e análise das expectativas sobre variáveis macroeconômicas. Decisão sobre a taxa básica de juros só será anunciada no final da tarde de amanhã, depois da segunda fase da reunião. Etapa da qual participam apenas a diretoria do BC, com direito a voto, e o chefe do Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep), sem voto.
A expectativa dos analistas de mercado é de redução da taxa de juros, hoje de 19% ao ano, para 18,50%, de acordo com o boletim Focus, divulgado ontem pelo BC. Mas, há quem aposte na possibilidade de redução ainda maior, em torno de 1 ponto percentual, por causa da desaceleração industrial registrada no último trimestre e da manutenção da inflação em patamar próximo à meta oficial de 5,1%.
O diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, entende, por exemplo, que uma redução maior seria um incentivo à indústria, que em setembro registrou o nível mais baixo de ociosidade do parque industrial, de janeiro de 2004 para cá, com apenas 80,1% de utilização da capacidade instalada, conforme pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).