Duas casas foram demolidas, agora há pouco, na encosta do Mutange, também conhecida como Borracheira. As famílias se mudaram, temporariamente, para outras casas, que ficam na mesma encosta e continuam em uma área de risco.
Duas casas foram demolidas, agora há pouco, na encosta do Mutange, também conhecida como Borracheira. As famílias se mudaram, temporariamente, para outras casas, que ficam na mesma encosta e continuam em uma área de risco.
Um dos moradores, o pescador Josivan Lucas, 30, vivia na casa há cerca de dois anos, com a mulher e dois filhos. “Vou para a casa da minha irmã, que já se mudou para sair dessa área de risco”, diz.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, Adriano Augusto, as famílias irão para duas das 200 casas do Conjunto Carminha, na próxima quarta-feira. As casas fazem parte do programa S.O.S. Maceió, que foi elaborado para auxiliar as famílias desabrigadas com as fortes chuvas.
Para não haver tumultos, equipes da Secretaria de Habitação cadastraram os novos moradores e estarão no local com uma cooperativa, que realizará as mudanças.
Atualmente, equipes da Defesa Civil estão mapeando as áreas de risco da cidade, como no bairro do Benedito Bentes, onde foram registradas 13 grotas. De acordo com dados antigos, em Maceió existem mais de 90 áreas de risco.
Segundo Adriano Augusto, antigamente as áreas condenadas deveriam ficar desabitadas. Mas, um tempo depois de retirar as famílias, outras voltavam para o local, por isso a Defesa Civil trabalha com outros meios para diminuir o risco de morte dos moradores.
“Tentamos descobrir as formas de minimizar os riscos, construindo escadarias, fazendo drenagens e outras obras estruturais. Mas a área continua sendo de risco e se a chuva for muito forte pode levar os barracos”, afirma.
Uma dessas ações foi colocada em prática na semana passada, no Reginaldo, onde os moradores tiveram acesso ao projeto Gari Comunitário, para diminuir o lixo jogado no vale.
Para o coordenador de Defesa Civil, ações de conscientização continuarão a ser feitas para que em janeiro, considerado um mês de chuvas fortes, a população não seja tão prejudicada.