Número de telefones fixos diminui e brasileiro usa mais celulares para receber ligações em casa

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2004), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que o número de telefones fixos residenciais está diminuindo, apesar do aumento dos serviços de telefonia, em função do uso de aparelhos celulares.

Em 2001, cerca de 27,9% dos domicílios tinham um telefone fixo, enquanto em 2004 o serviço existia em apenas 17,8% dos domicílios, uma queda de 10,1 pontos percentuais em apenas três anos. Segundo a pesquisa, o numero de domicílios atendidos por uma única linha móvel (telefone celular) aumentou 51,4% entre 2003 e 2004.

De acordo com o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), o elevado preço da assinatura básica do telefone fixo é o principal motivo que esta levando as pessoas a usar celulares, na maioria pré-pagos, para receber chamadas em casa. Estudos do instituto demonstram que, desde a privatização das operadoras de telefonia, a cobrança de assinatura – corrigida em até 9% acima da inflação – "espoliou os consumidores em mais de R$ 13 bilhões, configurando-se verdadeira transferência de renda dos consumidores para as prestadoras."

Uma cartilha publicada pelo Idec orienta o consumidor sobre os custos que acarretam a substituição de um telefone fixo por um celular. O instituto informa que "as altas tarifas cobradas pelas empresas, tanto na assinatura quanto nas ligações, impedem a universalização do serviço, afastando cada vez mais os consumidores desse direito essencial".

Em conseqüência disso, os usuários caem na inadimplência e migram para a telefonia móvel, com preferência para os pré-pagos, ou simplesmente desistem de ter uma linha telefônica".

A cartilha adverte que o consumidor deve evitar ligações de telefones fixos para celulares, que custam, em média dez
vezes mais que as ligações de fixo para fixo.

A cartilha Defenda-se Online – Telefonia pode ser acessada clicando aqui ou na página do Idec: www.idec.org.br.