Neste momento, a delegada de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente, Simone Marques, ouve o pescador Messias, que foi preso em flagrante com cerca de três metros cúbicos de substrato recifal, contendo corais e outros invertebrados marinhos.
Neste momento, a delegada de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente, Simone Marques, ouve o pescador Messias, que foi preso em flagrante com cerca de três metros cúbicos de substrato recifal, contendo corais e outros invertebrados marinhos.
O flagrante aconteceu nesta manhã, depois que uma equipe do Instituto do Meio Ambiente recebeu uma denúncia pelo Disque Ecologia (0800-82-15-23). O material apreendido vinha de recifes da praia da Avenida e era guardado em um banheiro da Academia da Polícia Civil, que não tinha conhecimento dos corais.
O pescador Messias, que não quis dizer o sobrenome, explicou que iria vender o material para ornamentadores de aquário, no valor de R$ 450. “No dia 27 de outubro de 2004 eu fiz uma solicitação ao Ibama, para poder pegar algas marinhas e ainda não tive o parecer do pedido”, alega.
Preso em flagrante, o pescador responderá a um inquérito por infringir a Lei 9.605/98, de crimes ambientais e poderá pegar de seis meses a um ano de prisão, mais uma multa. ‘Estou ouvindo o pescador para determinar o artigo que ele infringiu”, explicou a delegada.
Na delegacia, também estava o técnico ambiental do Ibama, Geraldo Silva, que autuou Messias administrativamente, também pela infração da Lei 9.605. “Ele não tem nenhuma permissão, por isso, será multado no valor de 10 mil reais e terá 20 dias para recorrer”, disse o técnico.
Para a professora da Universidade Federal de Alagoas, Mônica Dorigo, a falta de corais no mar causa inúmeros problemas a vida marítima, como a redução da biodiversidade e das variedades de alimentos para animais marinhos.