O vice-governador de Alagoas, Luís Abílio, desafia o PFL a comparar “publicamente” os indicadores de gestão do atual governo com os índices de janeiro de 1999, quando o governador Ronaldo Lessa tomou posse.
“Foi um programa propositalmente desmemoriado”, definiu o vice-governador Luis Abilio, que ontem reagiu aos ataques desferidos pelo PFL, durante o horário oficial no rádio e na televisão para propaganda partidária. “Eles atacam o nosso governo desonestamente, porque manipulam dados e tentam esconder o passado desastroso em que sucessivos desgovernos, sob a responsabilidade deles, geraram os indicadores econômicos e sociais mais vergonhosos e alarmantes da nossa história”.
Abílio desafia o PFL a comparar “publicamente” os indicadores de gestão do atual governo com os índices de janeiro de 1999, quando o governador Ronaldo Lessa tomou posse. “Os números do passado não podem ser mostrados por eles, pois revelam o atraso a que as gestões anteriores submeteram o nosso Estado”, afirmou o vice-governador. “Na verdade, o nosso governo está ajudando a economia alagoana a crescer e gerar empregos. As ações que desenvolvemos estão diminuindo os tristes dados que recebemos sobre mortalidade infantil e analfabetismo”, explicou.
Para exemplificar a melhoria dos indicadores sociais de Alagoas, Luis Abílio comparou os dados referentes à mortalidade infantil. Segundo ele, as estatísticas registram 68 óbitos de crianças nascidas para cada grupo de mil, em 1998. “Os dados oficiais mais recentes já comprovam que esse número caiu para 30 por mil. É ainda alto, mas ele revela que as políticas governamentais estão no caminho certo. Construímos, através de múltiplas parcerias, uma rede estadual de proteção social. O Estado está presente nos municípios e isso significa mais assistência a quem precisa de apoio do poder público”, defendeu o vice-governador.
Demonstrando indignação com a forma “grosseira” pela qual o programa do PFL avaliou os dados relacionados à educação estadual, Luis Abílio mais uma vez lançou mão dos números atuais e os confrontou com a gestão anterior do PFL. “Quando eles entregaram o governo a Ronaldo Lessa, Alagoas registrava mais de 50% de analfabetos com 15 anos ou mais”. O vice-governador afirma que o próprio IBGE, em sua última aferição, concluiu que esse percentual havia caído para 30,4%, em 2003.
“Essa redução já deve ser mais acentuada, porque a educação pública estadual transformou-se em algo prioritário. Enquanto eles criaram o PDV, que expulsou os funcionários das repartições, nós fizemos concursos públicos e contratamos milhares de professores”, rebateu Abílio, para afirmar que o atual governo faz uma “revolução” no ensino público. “Reformamos, ampliamos e construímos centenas de escolas em todas as regiões e conseguimos criar 180 mil novas vagas”, afirmou ele, externando “orgulho” pelas conquistas obtidas no campo educacional. “Isso é que é mudança. O resto é enganação de quem está sem discurso para se apresentar à sociedade”.
O vice-governador também desafiou o PFL a mostrar ao povo alagoano os dados relacionados à infra-estrutura do Estado e ao combate à exclusão social. “Vamos ver como era a realidade em janeiro de 1999 e compará-la com a conjuntura atual”. Abílio cita algumas obras estruturantes, como o aeroporto internacional Zumbi dos Palmares, o saneamento de Maragogi, o Centro de Convenções e a recuperação das rodovias estaduais, como uma decisão de governo para induzir o desenvolvimento do Estado.
“O nosso governo recebeu do PFL a maior concentração de excluídos da sociedade. Quando eles entregaram o governo, São José da Tapera era considerado o município mais pobre do Brasil”. O vice-governador destaca a criação do microcrédito, a instalação de novas empresas no pólo multifabril de Marechal Deodoro e a implantação de novos grupos hoteleiros, como o Miramar, em Maragogi. “O PIB alagoano saiu de R$ 6,4 bilhões, em 1998, para R$ 10,3 bilhões, em 2003. E deve crescer bem mais, porque há uma crença dos agentes econômicos e da sociedade de que o governo está trabalhando e consertando os erros que vieram de outras épocas”, concluiu.