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Lessa entrega justiça de Alagoas a Deus

Sereno, falando compassado e demonstrando tranqüilidade quanto ao seu futuro político, o governador Ronaldo Lessa (PDT) desabafou pela primeira vez acerca da sentença judicial que o tornou inelegível por abuso de poder econômico na eleição municipal do ano passado.

Lessa diz que vai apelar agora para justiça dos homens em Brasília

Sereno, falando compassando e demonstrando tranqüilidade quanto ao seu futuro, o governador Ronaldo Lessa (PDT) desabafou pela primeira vez acerca da sentença judicial que o tornou inelegível por abuso de poder econômico na eleição municipal do ano passado.

Ele disse: “O que tiveram de fazer comigo aqui já fizeram. A justiça de Alagoas eu entrego a Deus. Agora, vou apelar para a Justiça dos homens, em Brasília, porque lá eu sei que serei julgado com isenção”.

O FUTURO

O governador não se considera culpado e reafirmou que a sua decisão, de conceder reajuste salarial para o funcionalismo público estadual, foi acertada; o prazo estava definido antes do processo eleitoral e, para ele, o ato foi legal, não havendo brecha que possa comprometê-lo a ponto de ser punido de forma tão radical.

“Não estou preocupado com isto. Eu sou professor, sou engenheiro, já fiquei sem mandato quando disputei o governo do Estado (em 1986) e isso em nada me afetou. Fui trabalhar nos Estados Unidos, me preparei, me elegi prefeito e depois governador. Eu sou político porque gosto da política; ninguém abdica de um estilo de vida tranqüila para se envolver com a política se não gostar do que está fazendo. Mas eu não estou preocupado com o futuro, qualquer que seja a decisão estarei pronto e me sentirei à vontade”, completou.

Lessa comentou também que o desejo de disputar o Senado passa pelo interesse do PDT, seu atual partido, e que pode não ser igual ao dele – ele quer ser senador. O governador comentou que o PDT tem três nomes para lançar como candidato à Presidência da República e citou os senadores Cristóvão Buarque (DF), Jéferson Peres (AM) e ele mesmo – “Isto é o que o partido vem discutindo internamente”, explicou.

“Tudo isto está sendo discutido, de maneira que eu não posso me preocupar com essas questões pequenas. Não me considero culpado de nada, não fiz nada de ilegal, jamais vou considerar errado conceder reajuste salarial ao funcionalismo”, completou.