O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou hoje a pesquisa Tábua da Vida 2004, que mostra a esperança de vida ao nascer do brasileiro. Alagoas foi o Estado com a menor expectativa de vida: 65 anos e cinco meses.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou hoje a pesquisa Tábua da Vida 2004, que mostra que a esperança de vida ao nascer do brasileiro atingiu a marca dos 71,7 anos. Alagoas foi o Estado com a menor expectativa de vida: 65 anos e cinco meses.
A pesquisa traz informações atualizadas, por Estados, das taxas de crescimento demográfico, populacional e de mortalidade no ano de 2004. Em média, o brasileiro passou a viver 9 anos e um mês a mais do que em 1980 e a expectativa de vida da população passou para 71 anos e oito meses, contra 62 anos e seis meses, em 1980.
Outra conclusão foi a queda da taxa de mortalidade infantil, que passou de 69,1% o para 26,6%, o que significa dizer que, enquanto em 1980 pouco mais de 69 crianças morriam a cada grupo de mil nascidas vivas, antes de completar um ano, em 2004 esta proporção caiu para praticamente 26 mortes para grupo de mil habitantes.
Em relação Alagoas, o documento mostra que a população vivia, no ano passado, em média 6 anos e dois meses a menos do que população brasileira. Comparando com o primeiro colocado do ranking, Brasília, a diferença de vida chega a 9 anos e um mês.
O IBGE destaca que embora os resultados atestem a persistência das desigualdades regionais em termos de desenvolvimento social, a diferença vem diminuindo ao longo dos anos. Em 1980, a diferença entre o estado onde a esperança de vida era maior (Rio Grande do Sul, com 67,8 anos) e aquele onde era menor (Alagoas, com 55,7 anos) chegava a 12 anos e um mês.
Segundo o documento "A Mortalidade do Brasil no Período 1980 – 2004: desafios e oportunidades para os próximos anos", o avanço nos resultados pode ser atribuído à melhora dos principais indicadores sociais do país. "Do acesso da população aos serviços de saúde, passando pelas campanhas nacionais de vacinação até chegar ao aumento do nível da escolaridade da população e aos investimentos na infra-estrutura de saneamento básico", revela o texto.
De acordo com o IBGE, a taxa de mortalidade é um exemplo concreto das ações governamentais e não-governamentais no campo da saúde que, por natureza, constitui um indicador que absorve e reflete as condições de vida e de saúde da população. Para os técnicos do instituto, ainda que a taxa de mortalidade reflita os grandes contrastes sociais e regionais existentes no país, ela é um exemplo concreto da melhora dos indicadores.
Em 2004, o estado que apresentou a mais baixa taxa de mortalidade infantil foi o Rio Grande do Sul, com 14,7%; seguido por São Paulo (17%). No outro extremo, em Alagoas e no Maranhão, de cada mil crianças nascidas vivas em 2004, respectivamente, 55,7% e 43,6% morreram antes de completar o primeiro ano de vida. Os dois estados também apresentaram os menores percentuais de queda da mortalidade nos últimos 24 anos (em torno de 50%).
Com informações da Agência Brasil