O presidente da Associação de Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), Gerônimo Siqueira, esteve reunido – na manhã de hoje – com os vereadores de Maceió para discutir as ações práticas que visam o cumprimento da Lei de Acessibilidade, aprovada pela Câmara Municipal em 2000. De acordo com Siqueira, a lei atende a deficientes físicos, obesos e idosos.
O presidente da Associação de Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), Gerônimo Siqueira, esteve reunido – na manhã de hoje – com os vereadores de Maceió para discutir as ações práticas que visam o cumprimento da Lei de Acessibilidade, aprovada pela Câmara Municipal em 2000. De acordo com Siqueira, a lei atende a deficientes físicos, obesos e idosos.
No entanto, como constata o presidente da Adefal, o descumprimento da lei começa pela própria Câmara Municipal. A casa não oferece condições para que os deficientes físicos tenham acesso ao plenário, localizado no primeiro andar do prédio. Vários deficientes que foram para a reunião com os vereadores tiveram que subir as escadas de cadeira de rodas. Detalhe: o prédio já passou por diversas reformas, algumas depois da aprovação da lei.
Siqueira coloca que o desrespeito com o deficiente físico não fica restrito à Câmara Municipal. Ele cita os shopping centers da cidade de Maceió. “Em muitos deles o acesso de deficientes físicos ao primeiro andar é feito por meio de um elevador de serviço. Queremos que a Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU), ao aprovar e fiscalizar as construções, faça com que a lei de acessibilidade seja obedecida", ” colocou.
O presidente da Adefal destaca que a Superintendência Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) tem sido uma grande aliada. “Atualmente, as faixas de pedestre tem sempre um acesso para que os deficientes possa chegar as calçadas. Há sinais sonoros nas ruas de Maceió. Isto é um avanço, mas ainda encontramos problemas em hotéis, bares e alguns locais públicos que desconhecem a existência de pessoas com deficiência física”.
Para Siqueira falta uma sensibilidade maior por parte do poder público e da esfera privada. “O deficiente também é um ser como qualquer outro, um consumidor, um cidadão que precisa de espaço e respeito, para exercer a cidadania. A nossa exigência é simples: que os projetos de construção a serem executados estejam de acordo com uma lei que já foi aprovada”.
Outro problema em Maceió – conforme Gerônimo Siqueira – é que os ônibus não têm cumprido um dos artigos da lei, que prevê que 30% da frota seja adaptada para os deficientes físicos. Em Alagoas, são 452 mil deficientes, quase 20% destes residem em Maceió. “Não se pode ignorar os deficientes físicos, independente de quantos sejam. Estamos aqui para cobrar direitos e discutir melhorias”, finalizou Siqueira.