Está difícil para o delegado Jobson Cabral dar prosseguimento ao inquérito que apura o assassinato do pistoleiro Cícero Belém; já se passaram mais de 30 dias do crime e até agora a polícia não tem nenhuma pista.
Está difícil para o delegado Jobson Cabral dar prosseguimento ao inquérito que apura o assassinato do pistoleiro Cícero Belém; já se passaram mais de 30 dias do crime e até agora a polícia não tem nenhuma pista e, para dificultar ainda mais, as duas testemunhas que o delegado quer ouvir têm o privilégio de marcar dia, hora e local que desejam depor – são os deputados estaduais Cícero Ferro e Chico Tenório.
A polícia e o Ministério Público também não se entendem sobre a linha de investigação que deve ser seguida; o delegado diz que Cícero Belém estava envolvido em vários delitos e fica difícil identificar, com tantos inimigos, que contratou sua morte, mas, para os promotores que acompanham o caso a apuração deve começar pela ligação da vítima com o fazendeiro – e também pistoleiro – Fernandes Fidelis, assassinado dentro do Presídio Baldomero Cavalcante.
O delegado Jobson Cabral prometeu encaminhar ainda esta semana o pedido de autorização à presidência da Assembléia Legislativa para ouvir os dois deputados – eles já se colocaram à disposição da polícia. Os parlamentares serão ouvidos porque foram as duas últimas pessoas a estar com Cícero Belém, no dia do seu assassinato. O deputado Cícero Ferro negou ter-se encontrado com Belém em sua residência (do parlamentar); disse que estava no carro do deputado Chico Tenório quando Belém o procurou, no Condomínio Aldebaran.
Belém estava acompanhado da namorada Dalvani Caroline Peixoto, 19, e de José Alfredo Raposo Tenório, 21, que foi atingido pelos disparos e acabou morrendo na UTI da Unidade de Emergência um dia após o atentado. Belém, a namorada e o amigo saíram do encontro com o deputado Chico Tenório e, depois de fazer o retorno na direção do centro da cidade, foi interceptado por um Fiat com três homens – dois deles fizeram os disparos que mataram Belém e José Alfredo; a namorada, Dalvani, estava no banco traseiro e se jogou no piso do carro quando ouviu os disparos.