O objetivo da inspeção é garantir e informar à população quanto à normalização no atendimento às gestantes de baixo risco, já que Alagoas dispõe apenas da Maternidade Santa Mônica e do Hospital Universitário para partos de alto risco.
A secretária executiva de Saúde, Kátia Born, determinou auditoria nas maternidades de Maceió para averiguar os dados reais de ocupação de leitos e disponibilidade de vagas nessas unidades. O objetivo da inspeção é garantir e informar à população quanto à normalização no atendimento às gestantes de baixo risco, já que Alagoas dispõe apenas da Maternidade Santa Mônica e do Hospital Universitário para partos de alto risco.
A auditoria, realizada na última quarta-feira, constatou vagas em várias unidades, como na Casa de Saúde Nossa Senhora de Fátima, com 2 leitos desocupados; Hospital Ortopédico (todos os leitos vazios); Hospital Santo Antônio (5 leitos), Hospital Sanatório (dos 54 leitos existentes, 29 estavam vazios) e no Hospital São Raphael, 24 leitos desocupados.
Na avaliação da secretária, de acordo com os dados obtidos pela auditoria, o atendimento às gestantes de baixo risco deveria estar normalizado e adiantou que o governo de Alagoas não aceita a omissão dessas maternidades diante da demanda de pacientes da capital e interior. Ela adiantou que a inspeção continuará sendo realizada para constatar se estão sendo cumpridas as escalas de plantão de obstetras, anestesistas e pediatras, durante 24 horas, conforme determina a lei.
Kátia Born manteve contato com a coordenadora de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, Vera Elias, que garantiu adotar as medidas cabíveis para as maternidades que, em dispondo de leitos, se neguem a atender à população.
A deficiência no atendimento, por parte do município, aos pacientes que necessitam de hemodiálise e aos casos clínicos e oncológicos nos hospitais da rede do Sistema Único de Saúde (SUS), cujos prestadores alegam corte no teto financeiro por parte da Secretaria Municipal, têm provocado superlotação na Unidade de Emergência Dr. Armando Lages.
De acordo com Kátia Born, a UE aumentou o atendimento em 200% nos últimos meses, passando de 300 para 900 pacientes por dia. “Ao Estado cabe a responsabilidade das urgências e emergências e, ao município, a obrigação com a atenção básica e procedimentos de média e alta complexidades, como cirurgias e internamentos, incluindo partos normais e cesarianas”, observou.