Cerca de 150 integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra estão em Maceió para vender produtos alimentícios vindos de assentamentos e acampamentos de todo o Estado. A feira começou nesta tarde, na praça da Afrânio Jorge, conhecida como praça da Faculdade, no Prado.
Cerca de 150 integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra estão em Maceió para vender produtos alimentícios vindos de assentamentos e acampamentos de todo o Estado. A feira começou nesta tarde, na praça da Afrânio Jorge, conhecida como praça da Faculdade, no Prado.
De acordo com o dirigente nacional do MLST, Josival Oliveira, os produtos chegaram nesta tarde, em 15 caminhões dos municípios do litoral, zona da mata e vale do Mundaú. “Todas as noites teremos programação cultural com artistas da terra e integrantes do movimento. A feira é uma forma de agradecer a população por sempre nos receber bem quando ficamos na cidade”, disse.
Até o fim da semana, os agricultores rurais atenderão a população das 7h às 16h. Para Olívia Bezerra da Silva, a feira é uma grande oportunidade para ganhar mais dinheiro, principalmente nesta época, de fim de ano. “Sempre participo das feiras, venho do assentamento Zumbi dos Palmares, de Branquinha, e trago laranja, mandioca e feijão”, mostra. A agricultora disse ainda que não sabe os preços dos produtos em supermercados de Maceió, por isso comercializa com o valor do produto em Branquinha.
Um dos grandes atrativos da feira é a variedade dos produtos e a localização, próxima a população, o que motivou a funcionária pública, Neude Aires, para comprar. “Eu estava passando, vi a feira e parei para comprar bananas”, disse.
Com o tema “Reforma Agrária também dá frutos”, a feira tenta sensibilizar os órgãos responsáveis para acelerar os processos de reforma em Alagoas. O dirigente nacional do MLST, Josival Oliveira, diz que há dois anos o movimento não recebe áreas desapropriadas e que isso é um resultado do governo “inoperante” do governo Lula.
“O que precisamos é de alguns ajustes, como uma política mais séria, acompanhamento técnico, linhas de financiamento menos burocráticas e de uma secretaria de agricultura mais participativa”, afirma.
Em Alagoas, o Movimento de Libertação dos Sem Terra possui 28 assentamentos e quase cinco mil famílias em acampamentos. Um dos acampamento mais antigos, com cerca de oito anos, é o Prazeres, que fica em Flexeiras, nas áreas da fazenda Agrisa.