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Ronaldinho Gaúcho é "barbada" em prêmio da Fifa

Temporada conquistas, dentro de campo e em outras importantes premiações individuais colocam brasileiro como favorito.

Todo o universo do futebol será pego de surpresa se hoje, em Zurique, a Fifa não anunciar Ronaldinho Gaúcho como vencedor do prêmio de melhor jogador do mundo em 2005.

Ao contrário da vitória do ano passado, o astro do Barcelona vem de uma temporada de conquistas, dentro de campo e em outras importantes premiações individuais. Além disso, com uma reta final praticamente perfeita nos últimos meses, o brasileiro parece levar uma sensação de ser atualmente imbatível à disputa com os outros dois finalistas no evento de gala da Fifa.

Ronaldinho Gaúcho lutará pelo segundo título consecutivo no pleito da Fifa com o inglês Frank Lampard, do Chelsea, que ficou em segundo lugar na eleição da Bola de Ouro européia, vencida pelo brasileiro. O outro adversário do meia da seleção será o camaronês Samuel Eto’o, seu companheiro no Barcelona.

Na edição de 2004, Ronaldinho Gaúcho derrotou o francês Thierry Henry e ucraniano Andriy Shevchenko, quebrando um tabu na história da eleição, pelo fato inédito de triunfar sem nenhum título no ano.

O brasileiro de 25 anos chega na final da eleição de 2005 talvez em seu melhor momento técnico na carreira, inclusive revelando uma nova faceta de artilheiro, com a marca de 15 gols desde o início da atual temporada européia, em agosto passado.

O semestre começou a ser fantástico para Ronaldinho em setembro, com a vitória entre os colegas jogadores na primeira edição do prêmio de melhor do mundo da FIFPro (Federação Internacional das Associações dos Jogadores de Futebol), espécie de sindicato mundial dos atletas.

Em novembro, o brasileiro marcou dois belos gols na histórica vitória do Barcelona por 3 a 0 sobre o arqui-rival Real Madrid na casa do adversário, pelo Campeonato Espanhol. Quatro dias depois, Ronaldinho teve atuação de gala na vitória de sua equipe sobre o Werder Bremen na Liga dos Campeões.TODOS OS
No final do mesmo mês, o brasileiro foi anunciado como vencedor da Bola de Ouro do futebol europeu, tradicional prêmio oferecido pela revista francesa France Football há 50 anos.

Já no começo de dezembro, Ronaldinho recebeu a Bola de Ouro das mãos de sua mãe, Miguelina, antes o jogo contra o Sevilla pelo Espanhol. Nesta partida, o meia-atacante fez o seu gol e ajudou o Barcelona a completar 11 vitórias seguidas, igualando marca da década de 50, recorde da história do clube.

No entanto, a última impressão antes da entrega do prêmio em Zurique foi de seu companheiro Eto’o. Ronaldinho, gripado, não pôde atuar na vitória do Barcelona sobre o Cádiz por 3 a 1. Por sua vez, o camaronês, concorrente do brasileiro na festa desta segunda, anotou dois gols.

Breve histórico

Criado em 1991, o prêmio de melhor do mundo da Fifa já teve quatro jogadores brasileiros agraciados. Romário foi o primeiro deles, no ano da conquista da Copa do Mundo de 1994.

Ronaldo conquistou o prêmio em três oportunidades, em 1996, 1997 e 2002. Rivaldo, também como jogador do Barcelona, foi o melhor de 1999. Ronaldinho Gaúcho obteve o sexto triunfo brasileiro no ano passado.

O prêmio de melhor do mundo da Fifa foi conquistado nos últimos quatro anos por jogadores que atuam no futebol espanhol. Jamais um atleta que atua na Inglaterra levou a melhor no pleito.

Os maiores ganhadores da história da premiação são Ronaldo e o francês Zinedine Zidane, vencedores de três edições cada um. O primeiro premiado da história foi o alemão Lothar Matthaeus, em 1991, um ano depois da conquista de sua seleção na Copa do Mundo.

Com a dupla Ronaldinho e Eto’o indicada, o Barcelona tem grandes chances de aumentar sua história vitoriosa na eleição da Fifa. Quatro de seus jogadores já venceram o prêmio: Romário (1994), Ronaldo (1996), Rivaldo (1999) e o próprio Ronaldinho (2004). O clube espanhol é o que mais fez vencedores desde a criação do evento.

Melhor jogadora

A disputa feminina também traz uma representante do futebol brasileiro. Marta, grande destaque da seleção na conquista da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, concorre ao prêmio de melhor do mundo pelo segundo ano consecutivo.

A brasileira, que em 2004 perdeu para a favorita Birgit Prinz, neste ano novamente concorre com a atacante alemã. A norte-americana Shannon Boxx é a terceira finalista.