As autoridades tailandesas decidiram reunir num único local todos os corpos ainda não identificados de tailandeses ou de turistas estrangeiros mortos durante as tsunamis de 26 de dezembro de 2004.
A poucos dias do primeiro aniversário das tsunamis, 805 corpos ou partes de corpos de diversas nacionalidades ainda não foram identificados na Tailândia, de acordo com o capitão francês Jean-Marc Paris, que faz parte das equipes internacionais ainda presentes na ilha de Phuket.
As autoridades tailandesas decidiram reunir num único local todos os corpos ainda não identificados de tailandeses ou de turistas estrangeiros mortos durante as tsunamis de 26 de dezembro de 2004.
Das 3.540 pessoas dadas como desaparecidas, 2.867 foram identificadas até o momento. Hoje, segundo Paris, há "mais corpos do que pessoas declaradas como desaparecidas".
O coronel Khemarin Hassiri, de uma unidade da polícia tailandesa responsável pelo processo de identificação, acredita que o maior número de corpos não-identificados em relação ao de desaparecidos pode ser explicado pelas vítimas que estavam em situação irregular.
Nas últimas semanas, quase um ano após a tragédia, o esqueleto de uma mulher foi descoberto perto de uma praia da província de Phang Nga. As autoridades anunciaram que as amostras de DNA seriam enviadas nesta terça-feira para um laboratório da Bósnia-Herzegovina, que já identificou centenas de vítimas da tsunami.
"Todos os países trabalham juntos e cada país trabalha para os demais", assegurou o capitão Paris. "No início, era impossível saber quem é quem, pois o número de corpos era grande e milhares de testes precisavam ser feitos. Além disso, estávamos lá para identificar apenas os franceses".