Este ano o CRSEsp conseguiu formar a primeira mulher para aturar na equipe Águias. A Tenente Cristiane Sampaio Valões da Rocha, de 24 anos, conseguiu superar todos os limites, sejam eles físicos, psicológicos e até mesmo o preconceito.
Formandos e instrutores da segunda turma do CRSEsp-Águias
Foram cinco meses e 20 dias de treinamento até que 16 bombeiros conseguissem concluir o Curso de Resgate e Salvamento Especiais (CRSEsp – Águias). Salvamentos em altura, terrestre e aquático, além de testes de resistência física e psicológica foram algumas das provas pela qual 32 bombeiros passaram no intuito de entrar para a tropa de elite de resgates do Corpo de Bombeiros.
De acordo com o coordenador e idealizador do curso, Capitão BM Burity, o curso é aberto à toda corporação, mas apenas os aptos ao trabalho conseguem chegar até o final. “É um treinamento muito difícil. Todas as etapas têm um grau de dificuldade enorme e por isso a seleção se torna tão rígida”, explica.
Esta é a segunda vez que este curso é oferecido. Dentre os participantes estão oficiais da Bahia, Maranhão e Santa Catarina. Segundo o coordenador do curso, o CRSEsp se tornou é referência nacional devido ao pela forma como é ministrado.
Hoje, os 16 formandos retornaram da última etapa do curso que foi de Sobrevivência na Selva. “Passamos 12 dias na selva, sobrevivendo do que a natureza proporciona. Existe uma grande equipe de apoio para que este trabalho seja realizado, mas durante o treinamento não existe alívio ou regalias”, diz Capt Burity.
Este ano o Curso de Resgate e Salvamento Especiais (CRSEsp) conseguiu formar a primeira mulher para aturar na equipe Águias. A Tenente Cristiane Sampaio Valões da Rocha, de 24 anos, conseguiu superar todos os limites, sejam eles físicos, psicológicos e até mesmo o preconceito.
Desde que foi criado, o CRSEsp contou apenas com a participação de quatro mulheres. O coordenado informou que até então nenhuma outra mulher tinha conseguido chegar até o fim dos testes e que hoje a Tenente Cristiane é um grande exemplo que vai servir de incentivo para outras oficiais ingressarem no grupo.
Para ela, ter conseguido superar seus próprios limites foi a grande recompensa pelo trabalho. “Eu sempre busco desafios. Tive muitos momentos de choro durante o curso como de risos também. Mas sempre tive o apoio dos outros integrantes do curso que sempre me incentivaram a persistir”, ressalta a Tenente.
“Ela não teve em momento algum qualquer tipo de regalias no curso. Passou por tudo que os meninos passaram e se saiu tão bem quanto. Ela superou as pressões, os limites e o preconceito de todos que pensavam que não seria capaz para chegar até o final. Ela é uma vencedora e um grande exemplo para todos”, completou Burity.