Todo início de ano é um período de pressão sobre o bolso. É época de pagar IPTU, IPVA, comprar material escolar para a criançada, pagar a matrícula. Depois do ano novo estarão vencendo aquelas comprinhas de Natal com cheque pré–datado para até 90 dias daquelas promoções “imperdíveis”.
Todo início de ano é um período de pressão sobre o bolso. É época de pagar IPTU, IPVA, comprar material escolar para a criançada, pagar a matrícula. Depois do ano novo estarão vencendo aquelas comprinhas de Natal com cheque pré–datado para até 90 dias daquelas promoções “imperdíveis”. Não é à toa que março é o mês com a maior inadimplência do ano. O uso racional do décimo terceiro significa um ano novo mais saudável. A orientação de especialistas em economia, é a utilização desse dinheiro extra para saldar dívidas.
O doutor em Economia e professor da Universidade Federal de Alagoas, Luiz Antônio Cabral, recomenda, em primeiro lugar, saber exatamente o que se tem a pagar e quanto dispõe de sobra do décimo terceiro salário e do salário de dezembro a ser pago no início de janeiro. “O ideal seria não gastar tudo com presentes, para não ficar endividado a partir de janeiro”, diz.
É mais vantagem segundo Cabral, pagar impostos à vista, evitando o parcelamento, pois assim dá para garantir um bom desconto. O IPTU 2006, por exemplo, deverá ter um desconto de até 30% se pago em cota única.
Mas, se não teve jeito, 2006 será iniciado com muitas dívidas, de cheque especial a cartões de crédito, a saída segundo Luiz Antônio Cabral é apelar para um empréstimo bancário com juros mais baixos. “Nesse caso, deve–se parcelar o que for possível e pesquisar qual a menor taxa de juros. Uma dica é pedir o empréstimo no banco onde a pessoa recebe o salário”, orienta o economista.
Apesar de ter havido um pequena queda nos juros nesse segundo semestre do ano, eles ainda são exorbitantes no Brasil, não importa em que modalidade seja a dívida.
Se for um cheque especial ou cartão de crédito, pior ainda. Essas taxas chegam a 10% ao mês no caso do cartão e 8% ao mês no cheque especial.
Uma dívida de R$ 1.000,00 durante um ano no cheque especial, resulta num acúmulo de juros em 157%. Os mil reais que se pegou emprestado viram R$ 2.571,00. O rotativo do cartão tem juros de 224% ao ano. Deve–se pagar primeiro as dívidas com juros mais altos.