Após o incêndio ser debelado, o advogado do empresário Eduardo Robot esteve no Cheiro da Terra para acompanhar a atuação do Corpo de Bombeiros. O advogado declarou à imprensa que o proprietário do centro de artesanato encontra-se internado devido a uma crise hipertensiva.
Um incêndio, cuja causa até o momento é desconhecida, destruiu o maior centro de comercialização de artesanato do Estado, o Cheiro da Terra. O fogo teve início por volta das 6h30 e se alastrou rapidamente para diversos pontos da galeria.
A equipe do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar foi acionada por comerciantes que chegavam para trabalhar no local. Devido à velocidade com a qual o fogo se propagou, muito pouco pôde ser salvo das chamas. Até a chegada do CB, veículos de empresas privadas e populares tentavam ajudar a minimizar a destruição.
A principal preocupação do Corpo de Bombeiros foi impedir que o fogo invadisse os estabelecimentos no entorno do Cheiro da Terra, como um restaurante e um hotel cinco estrelas. Por volta das 7h00, uma parte do teto desabou no momento em que os comerciantes tentavam recuperar parte de seus pertences. Apesar da destruição, praticamente total, não houve vítimas.
O Cheiro da Terra, localizado na orla de Jatiúca, foi fundado há 14 anos e há nove era administrado pelo empresário Eduardo Jorge Costa (Eduardo Robot). Atualmente, cerca de 160 artesãos se encontravam em processo de mudança, devido a uma ordem de despejo, para o Alagoas Iate Clube (Alagoinha). Contudo, havia uma controvérsia entre os comerciantes sobre a possível mudança. Enquanto alguns aceitavam com tranqüilidade a transferência, outros questionavam como poderiam adquirir um ponto no Alagoinha se o terreno pertence à União.
Houve, inclusive, durante o mês de outubro deste ano, uma sessão especial na Câmara de Vereadores de Maceió para debater a questão. Contudo, as principais autoridades não compareceram à sessão. O proprietário do Cheiro da Terra, Eduardo Robot, afirmou na época que a questão envolvia diversos fatores e que um grupo de comerciantes inadimplentes estariam tumultuando a administração do Cheiro da Terra, desestabilizando economicamente o centro de compras.
Após o controle do incêndio que destruiu o Cheiro da Terra, os comerciantes começaram a especular sobre quais as possíveis causas. O diretor-geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino, e o Coronel Nunes, responsável pela operação, destacaram a importância do laudo pericial, que deve sair em 30 dias, para chegar a real causa do incêndio. “Por enquanto seria prematuro afirmar qualquer coisa, mas existe inúmeras instalações no local, o que pode Ter favorecido um curto circuito”, declarou o coronel.
Quando questionado se o incêndio poderia ter sido criminoso, Robervaldo Davino adotou o mesmo discurso do Coronel Nunes e afirmou que “se houver algum culpado, a Polícia Civil vai chegar até ele”.
Após o incêndio ser debelado, o advogado do empresário Eduardo Robot, Adriano Avelino, esteve no Cheiro da Terra para acompanhar a atuação do Corpo de Bombeiros. O advogado declarou à imprensa que o proprietário do centro de artesanato encontra-se internado devido a uma crise hipertensiva.
Segundo o advogado, tanto Robot quanto seus familiares mais próximos estão abalados com o incêndio, mas se recusam a especular sobre quais seriam as causas do fogo.