No decorrer de 2006, o governo federal pretende criar ou adaptar escolas para o ensino bilíngüe – português e libras.
Professores e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) terão, a partir do próximo ano, cursos de formação oficial ministrados pelo Instituto Nacional para Educação de Surdos (Ines), órgão vinculado ao Ministério da Educação. Inicialmente, as aulas ocorrerão apenas no Rio.
No decorrer de 2006, o governo federal pretende criar ou adaptar escolas para o ensino bilíngüe – português e libras. A previsão do ministério é que, em três anos, as instituições de ensino superior ofereçam a disciplina libras em 20% de seus cursos. Em uma década, em todos eles.
Os professores que já dominam a libras poderão fazer exame de proficiência, elaborado pelo MEC ou por instituição de ensino superior credenciada pelo ministério. A disciplina será obrigatória nos cursos de licenciatura e de fonoaudiologia e opcional nos demais.
A nova Lei de Libras deve garantir que as instituições públicas tenham em seus quadros um tradutor e intérprete de libras para atuar nos processos seletivos e nas salas de aula. Do mesmo modo, o Sistema Único de Saúde (SUS) e os órgãos públicos federais reservarão 5% das vagas a servidores e funcionários tradutores ou intérpretes de libras.
A regulamentação da Lei de Libras e a autorização para a formação dos professores na língua de sinais serão anunciadas hoje, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. A solenidade de assinatura da autorização, na Sala de Atos do MEC, às 15h, será realizada na presença de vários representantes de instituições ligadas à comunidade portadora de deficiência auditiva.