A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu hoje (29) a auditoria especial na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos iniciada em maio. No total, foram analisados 257 contratos administrativos, no montante de R$ 8,37 bilhões, e produzidos 30 relatórios.
A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu hoje (29) a auditoria especial na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos iniciada em maio. No total, foram analisados 257 contratos administrativos, no montante de R$ 8,37 bilhões, e produzidos 30 relatórios.
Na última etapa foram analisados 35 contratos, no valor global de R$ 1,63 bilhão. Os contratos referem-se à prestação de serviços para a Rede Postal Aérea Noturna, ao contrato do Banco Postal com o Bradesco, às agências de correios franqueadas e a obras de construção e de reforma em diferentes unidades dos Correios, entre outros.
Nos contratos referentes aos serviços de transporte da carga postal via Rede Postal Aérea Noturna (RPN) foram encontradas as maiores irregularidades em termos de valores financeiros, de acordo com a controladoria. O prejuízo potencial estimado para essa área é de R$ 86 milhões. Entre os principais problemas está o mau dimensionamento de cargas contratadas. Os auditores apontaram ainda um superfaturamento nos pagamentos efetuados à empresa Skymaster no valor de R$ 58,8 milhões. Nesse caso foram verificadas variações injustificadas no preço pago pelo peso da carga transportada.
Também foram encontradas irregularidades na aquisição de equipamentos para projetos corporativos como o Banco Postal, o Correio Híbrido e o Quiosque Eletrônico. As irregularidades, segundo a CGU, indicam um prejuízo potencial de pelo menos R$ 35 milhões. O contrato assinado pelos Correios com a empresa prestadora dos serviços foi de R$ 119,1 milhões.
As obras de construção do Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE) de Aparecida de Goiânia (GO) e do terminal de cargas do aeroporto de Salvador (BA) também trouxeram prejuízos para os Correios, aponta a auditoria. No caso da obra de Goiás, o contrato com a empresa executante da obra, a Guimarães Castro Engenharia, foi rescindido restando serviços não-pagos no valor de R$ 407,7 milhões, o que corresponde a 5,5% do valor previsto.