Equipes da Defesa Civil Municipal e da Superintendência de Limpeza Urbana iniciam, nesta manhã, os trabalhos de remoção do telhado e dos materiais metálicos da estrutura do Cheiro da Terra. Os artesãos aguardam com expectativa pela permissão de entrar no local, incendiado na última terça-feira.
Equipes da Defesa Civil Municipal e da Superintendência de Limpeza Urbana iniciam, nesta manhã, os trabalhos de remoção do telhado e dos materiais metálicos da estrutura do Cheiro da Terra. Os artesãos aguardam com expectativa pela permissão de entrar no local, incendiado na última terça-feira.
Para agilizar o trabalho, a Defesa Civil intermediou a contratação de uma empresa especializada em metais, para retirar o telhado, que ainda pode desabar. “A empresa será custeada pelo administrador do local, Eduardo Robot, e a expectativa é que este trabalho termine somente no domingo, quando a área será liberada para os artesãos entrarem”, explicou o coordenador da Defesa Civil, Adriano Augusto.
Com a utilização de maçaricos para cortar as hastes metálicas, pequenos focos de incêndio são formados no centro de artesanato. De acordo com Adriano Augusto, o Corpo de Bombeiros será acionado, como ocorreu ontem à noite quando os bombeiros fizeram o rescaldo da área.
Adriano Augusto ainda disse que depois, a limpeza do local e a remoção da estrutura serão realizadas pela Defesa Civil, com apoio da Slum. “Somos responsáveis por eliminar os riscos de desabamento, mas também iremos derrubar toda a estrutura do local, a pedido de Eduardo Robot”.
Com expectativas de encontrar documentos, dinheiro, agendas ou ferramentas para voltar às atividades, os artesãos aguardam a autorização para entrarem no local onde funcionava o Cheiro da Terra. “Sempre tem gente aqui, de dia e passando até a noite, desde o incêndio”, disse Maria de Fátima Bezerra.
De acordo com Zuleide da Costa Araújo, integrante da comissão da Associação Guerreiros de Maceió, os artesãos ainda estão chocados com o incidente. “É tanto desespero que o povo não sabe nem como começar, mas se não for encontrado algum local, vamos colocar nossos produtos na frente do Cheiro da Terra para vendermos”, afirmou.
Segundo os artesãos, a prefeitura ofereceu algumas áreas, como a praça Dois Leões, o estacionamento do Jaraguá e o local onde funcionava a antiga Feira Mix. “Mas a área precisa ser pública e também necessitamos de uma linha de crédito”, contou Zuleide Araújo, que já planeja ações para arrecadar dinheiro e alimentos para cerca de 30 artesãos, que tiveram tudo perdido com o incêndio.
O prefeito Cícero Almeida se reuniu ontem com a vice, Lourdinha Lyra e prometeu uma ação rápida da Prefeitura em localizar um espaço que comporte as 120 barracas.
Ainda esta semana, Lourdinha Lyra ficou de se reunir novamente com os artesãos, para passar as definições da Prefeitura.