A universidade não é o único caminho para quem completou o ensino médio e gostaria de continuar estudando. A pessoa pode procurar também um curso técnico, de qualificação ou tecnológico. A rede federal possui 230 mil alunos em cursos técnicos (de nível médio) e tecnológico (de formação superior).
A universidade não é o único caminho para quem completou o ensino médio e gostaria de continuar estudando. A pessoa pode procurar também um curso técnico, de qualificação ou tecnológico. A rede federal possui 230 mil alunos em cursos técnicos (de nível médio) e tecnológico (de formação superior).
Ao estudar em um curso técnico ou tecnológico, o estudante sai capacitado para o trabalho. É o caso de Antônio de Pádua, de 29 anos, que fez curso técnico de Mecânica, no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Natal, e depois se formou em tecnologia de materiais. Hoje, ele trabalha no próprio centro.
Para Antônio de Pádua, uma das vantagens em fazer um curso de tecnologia é a economia de tempo. "Enquanto em um curso de nível universitário você leva, por exemplo, na minha área cinco anos para terminar. Um curso de tecnólogo, eu termino em dois e meio. Enquanto um aluno de engenharia termina seu curso eu já estou entrando no mestrado. Isso é o ponto chave da escolha do curso de tecnologia", disse.
A rede federal possui hoje cerca de 140 instituições. São 34 Cefets, 36 escolas agrotécnicas federais, em torno de 40 unidades de ensino descentralizadas e outras 30 escolas técnicas federais.
Os centros de educação tecnológica possuem maior abrangência. Podem ter turmas de ensino técnico, ensino médio integrado com curso técnico, de qualificação, tecnológico, além de pesquisa e pós-graduação. Já as escolas agrotécnicas são mais voltadas para a educação no campo. A unidade de ensino descentralizada é vinculada a algum campus, normalmente um Cefet. As escolas técnicas federais têm uma atuação predominante na área de indústria e da prestação de serviços.
O coordenador-geral de Supervisão da Rede Federal de Educação Tecnológica, Gleisson Cardoso Rubin, disse que, para muitos alunos que não conseguem entrar uma universidade pública, um dos caminhos seria o ensino técnico ou tecnológico. "Uma alternativa é oferecer a esse aluno a condição de exercer uma profissão e de eventualmente continuar os seus estudos em nível superior, mas dentro de uma profissão", disse.